A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) declarou nesta sexta-feira (6) que pretende se apresentar voluntariamente às autoridades da Itália, país onde se encontra atualmente. Em entrevista à CNN, a parlamentar afirmou que está buscando provar sua inocência e solicitará refúgio político, alegando ser vítima de perseguição no Brasil.

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“Estou aqui de boa-fé. Quero provar que fui condenada sem provas e que minha condenação por porte ilegal de arma é absurda, já que possuía porte legal”, afirmou. Zambelli também disse que irá fornecer seus dados às autoridades italianas para oficializar sua situação no país.
Durante a entrevista, a deputada reiterou que respeita a Justiça italiana, mas criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cujas decisões, segundo ela, não têm legitimidade. “Respeito as leis do Brasil, mas não reconheço mais as injustiças do Moraes”, declarou.
A expectativa é que, na próxima segunda-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes determine a prisão definitiva de Zambelli, o que pode abrir caminho para um pedido de extradição. Se for extraditada ao Brasil, a deputada deverá iniciar o cumprimento da pena de 10 anos de prisão, além de perder oficialmente o mandato parlamentar.
Zambelli foi condenada por invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nesta sexta-feira, a Primeira Turma do STF rejeitou por unanimidade um recurso apresentado por sua defesa, esgotando as possibilidades de reversão da sentença na Corte.
A deputada afirmou temer ser extraditada, mas disse confiar em uma decisão justa por parte da Justiça italiana. “Temo, sim, mas acredito que Deus não permitirá isso”, concluiu.