O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa, nesta sexta-feira (13/6), da Cúpula Brasil-Caribe, que acontece em Brasília. O encontro dos líderes caribenhos tem como objetivo aprofundar as relações diplomáticas e comerciais entre o governo brasileiro e os países do Caribe.
O evento acontece no Palácio do Itamaraty e conta com a presença de representantes de 15 países da Comunidade do Caribe (Caricom), além de Cuba e República Dominicana.
O encontro tem como foco a discussão de cinco temas, sendo eles:
• Segurança alimentar e nutricional
• Mudanças climáticas
• Transição energética
• Gestão de risco de desastres
• Conectividade (especialmente aérea e marítima)
Cúpula Brasil-Caribe
- A Cúpula Brasil-Caribe recebe 15 países da Comunidade do Caribe, além de organismos regionais, como o Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe.
- Um dos pontos discutidos será o transporte e comunicação entre Brasil e Caribe, com destaque para a Rota 1 de Integração Sul-Americana.
- O intercâmbio financeiro entre o Brasil e os países caribenhos é de aproximadamente US$ 4 bilhões, sendo 75% do comércio conectado com Guiana, República Dominicana e Trinidad e Tobago.
- A Caricom possui 15 Estados-Membros e seis membros associados, juntos, possuem uma população de cerca de 16 milhões.
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Um dos pontos centrais será a questão ligada às mudanças climáticas, uma vez que o Brasil irá sediar a 30º Conferência das Partes (COP30), em novembro. O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, é um dos nomes confirmados.
Depois da Cúpula Brasil-Caribe os representantes dos países deverão apresentar uma declaração conjunta para um chamado por mais financiamento climático. Essa pauta é frequentemente defendida por Lula. O petista aponta a necessidade de nações do norte global em financiar a preservação ambiental de outros países.
O financiamento climático, países como Estados Unidos, Reino Unido e França teriam a responsabilidade de custear ações voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa em nações do Sul Global, como o Brasil. Essas medidas seriam adotadas para que esses países possam se desenvolver de forma sustentável, sem explorar os recursos naturais de forma predatória, como aconteceu nas revoluções industriais.
Durante a 3ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Oceanos, na França, o petista criticou os resultados da COP29 no quesito financiamento climático, onde ficou acordado o valor de US$ 300 bilhões anuais até 2035, abaixo dos US$ 1,3 trilhão apontados como necessários pelos países em desenvolvimento.
Conectividade
Os líderes políticos também irão trabalhar na questão de ampliar a conectividade entre o Caribe e a América do Sul, para ampliar o comércio e o turismo de pessoas. Um dos pontos em questão é a Rota 1 de Integração Sul-Americana, que liga os estados do Norte do Brasil à Guiana sa, Suriname, Guiana, Venezuela e ilhas caribenhas.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a relação do Brasil com os países da Caricom movimenta aproximadamente US$ 4 bilhões, com comércio concentrado entre Guiana, República Dominicana e Trinidad e Tobago.
No ano ado, por exemplo, as exportações brasileiras para Guiana tiveram um aumento de 17% em comparação com o ano anterior, subindo para US$ 383,4 milhões. Com a venda principalmente de itens de canalização e outros produtos da indústria de transformação.