11 de junho de 2025

Deputado Lindbergh Farias solicita prisão de Zambelli após saída do país

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A situação da deputada Carla Zambelli (PL/SP) se agravou nesta terça-feira (3/6). O deputado Lindbergh Farias (PT/RJ), líder do PT na Câmara, apresentou uma petição à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando sua prisão preventiva. A medida ocorre dias depois da condenação da parlamentar a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Zambelli, que confirmou sua saída do país, afirmou estar nos Estados Unidos e que deve seguir para a Itália, onde pretende se estabelecer. Segundo ela, por possuir cidadania italiana, não poderia ser deportada de volta ao Brasil. Em suas redes sociais, a parlamentar classificou sua mudança como uma forma de “resistência” e anunciou que pedirá licença não remunerada do mandato.

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Lindbergh FariasReprodução: Gustavo Bezera
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Deputado Lindbergh Farias (PT/RJ) afirmou que apresentou a petição à PGR nesta terça-feira (3/6)Reprodução: X/Lindbergh Farias
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputadfos
Carla Zambelli (PL/SP)Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputadfos
Reprodução: Instagram/Carla Zambelli
Carla Zambelli (PL/SP) pede Pix para seguidoresReprodução: Instagram/Carla Zambelli

Na representação enviada à PGR, Lindbergh argumenta que a conduta da deputada compromete a aplicação da lei penal e representa risco às instituições democráticas. Como afirmou em seu perfil no X, o deputado defende que o Estado brasileiro precisa agir com urgência: “A peça jurídica sustenta que a conduta de Zambelli configura ameaça grave e reiterada à soberania nacional e à ordem constitucional, exigindo resposta imediata do Estado para restaurar a autoridade da jurisdição penal e impedir que redes antidemocráticas instrumentalizem estruturas externas para garantir impunidade”, escreveu.

A peça inclui ainda a solicitação de inclusão do nome de Zambelli na difusão vermelha da Interpol e o início do processo de extradição com base em tratados internacionais.

Além dessas medidas, o documento também pede o bloqueio de transferências via Pix e a investigação de possíveis crimes como estelionato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal. O deputado também solicitou que o Itamaraty tome providências para revogar o aporte diplomático da parlamentar.

Entenda o caso

A condenação de Zambelli tem relação com seu envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro de 2023. A denúncia da PGR aponta que ela foi a articuladora da ação criminosa, que culminou na criação de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. O ataque foi executado pelo hacker Walter Delgatti Neto, que confessou ter agido sob orientação da deputada.

A defesa da deputada recorreu da decisão, alegando cerceamento de defesa. Os advogados afirmam não ter tido o completo a documentos essenciais ao processo, como arquivos armazenados na plataforma “mega.io”. No recurso, pedem anulação da condenação e que o STF afaste penalidades como a perda de mandato.

Delgatti declarou à Polícia Federal que recebeu orientações diretas de Zambelli e pagamentos no valor de pelo menos R$ 13,5 mil. Ele também teria recebido da deputada um texto com o conteúdo a ser inserido no sistema do Judiciário. Segundo a sentença do STF, Zambelli deverá perder o mandato parlamentar, mas essa perda só será oficializada após o trânsito em julgado.

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