Danilo Gentili diz que Leo Lins foi “alvo de censura” em condenação

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Após a condenação de Leo Lins, por conta de uma piada em um show de 2022, Danilo Gentili saiu em defesa do humorista. O apresentador reservou um tempo do The Noite, do SBT, para comentar sobre a decisão da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo e utilizou situações recentes do país, como corrupção, para criticar a “censura” ao ex-companheiro de atração.

“Qual foi o crime do comediante Leo Lins? Contar piadas em um show de humor. Esse show foi posteriormente postado no YouTube e, ao que tudo indica, isso foi um crime. Em um país em que o INSS é usado para fraudar velhinhos à força, a Justiça puniu um comediante por contar piadas em um ambiente criado para isso, soa uma piada de mau gosto”, declarou.

Entenda a condenação

  • Leo Lins foi condenado pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
  • O humorista foi condenado a oito anos e três meses de prisão em regime fechado.
  • O motivo seriam discursos preconceituosos contra diversas minorias em um show de 2022.
  • Imagens do momento do show foram veiculadas em um vídeo de uma das apresentações.
  • Leo também terá que pagar multa equivalente a 1.170 salários mínimos (valor da época da publicação das imagens), aproximadamente R$ 1,4 milhão, e indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.
  • Ele ainda pode recorrer contra a sentença.

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Leo Lins foi ao STF para pedir que vídeo voltasse ao ar

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Lins tem trajetória marcada por polêmicas

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Na sequência, o apresentador criticou os argumentos para a condenação de Lins. “Mas o Brasil é assim, é um lugar que o certo é duvidoso, o duvidoso é certo e a decisão contra o Léo usa, entre outros fundamentos, dois argumentos que são, no mínimo duvidosos… duvidosos aqui no sentido de ser duvidoso mesmo. Um desses argumentos seria o de que a liberdade de expressão não pode ser irrestrita”, disse.

Gentili explicou que a “liberdade de expressão só pode ser irrestrita” e falou sobre censura. “Todos que expressam uma opinião, seja no teatro, na poesia, na música, na ficção, em um livro, ou em forma de uma piada, todos podem ser criticados, questionados e até acionados em processos civis. Agora, o que não podem em hipótese alguma é serem presos ou alvo de censura”, relatou.

Por fim, ele fez comparações sobre a condenação de Leo Lins e outras situações do país. “Piadas não fraudam o INSS, Piadas não estimulam golpes, piadas não matam gente pobre de fome, piadas não geram gente morrendo no hospital porque o dinheiro da saúde foi desviado, piadas não geram intolerância, não geram preconceito, piadas são apenas piadas”, encerrou.

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