2 de junho de 2025

Vereador minimiza ataques sofridos pela ministra Marina Silva no Senado: ‘Vitimismo’

Em tom crítico, Bestene apontou o que considera incoerências no discurso da ministra com relação ao episódio protagonizado pela ministra

Durante o pequeno expediente da sessão desta quarta-feira (28) na Câmara Municipal de Rio Branco, o vereador Samir Bestene (PP) minimizou os ataques sofridos na última terça-feira (27) pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e classificou como “vitimismo” a reação aos episódios de hostilidade enfrentados pela ex-senadora acreana.

Vereador Samir Bestene, do Progressistas/Foto: Reprodução

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) durante participação da ministra de audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, ocasião em que havia sido chamada para falar da criação de áreas de conservação na região Norte, disse que desejava separar a mulher da ministra”, porque a mulher “merecia respeito” e a ministra, não.

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Em tom crítico, Bestene apontou o que considera incoerências no discurso da ministra com relação ao episódio protagonizado pela ministra.

“A gente não pode todo tempo pagar de vitimismo. Tenho maior respeito por Marina Silva, por sua história política, é uma pessoa que veio de Xapuri, mas a gente não pode pregar aqui o vitimismo”, afirmou o parlamentar, sugerindo que a ministra estaria se colocando como vítima diante das críticas recebidas.

O senador já havia protagonizado outro episódio polêmico envolvendo Marina Silva. Em março, durante uma sessão da I das ONGs, ele fez uma declaração considerada agressiva: “Imagine o que é aguentar a Marina por 6 horas e 10 minutos sem enforcá-la?”. A reunião de terça-feira também foi marcada por momentos de confronto e acusações de misoginia. Em um dos episódios mais tensos, o presidente da comissão, senador Marcos Rogério (PL-RO), interrompeu Marina diversas vezes, chegou a cortar seu microfone e, ao rebater críticas, afirmou que ela precisava “se colocar no seu lugar”.

Samir Bestene aproveitou a fala para questionar a atuação de Marina Silva em relação ao seu município de origem: “É muito bonito falar de ambientalismo estando na Avenida Paulista, morando no Plano Diretor, eando em Copacabana, estando lá em Fortaleza na Praia do Futuro. Agora eu quero ver falar de ambientalismo lá em Xapuri, que é a terra da Marina Silva, que foi ministra e nada fez por aquela cidade. Até a família de lá, o buraco de 100 anos atrás está igualzinho lá em Xapuri”, criticou, numa referência ao que chamou de abandono da cidade natal da ministra.

Ao final de sua fala, o vereador voltou a minimizar a gravidade dos ataques à ministra e responsabilizou Marina Silva pela condução das políticas ambientais que, segundo ele, falharam.

“Eu entendo essa revolta às vezes por uma fala mais dura e áspera, feita com a ex-senadora Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, mas não podemos esquecer que ano ado ela era ministra e foram registradas as maiores queimadas da história do Brasil”, finalizou.
A fala do parlamentar repercute no contexto das discussões sobre desenvolvimento econômico, preservação ambiental e políticas públicas na região Norte, além de tensionar ainda mais a relação entre setores políticos locais e a ministra acreana.

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