As crianças de 0 a 9 anos e os idosos acima de 60 anos continuam sendo as faixas etárias mais vulneráveis aos efeitos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Acre. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), esses grupos apresentam as maiores taxas de internação e seguem como os mais afetados pela doença no estado.
O avanço dos casos levou o Governo do Acre a decretar estado de emergência em saúde pública, diante do aumento expressivo de notificações e da pressão sobre a rede hospitalar. A situação é especialmente grave nas unidades pediátricas, que estão enfrentando superlotação de leitos de UTI, impulsionada principalmente pelo crescimento de casos de bronquiolite entre as crianças.

SRAG: pessoas de 20 a 29 anos são as que mais buscam atendimento hospitalar no Acre/Foto: Reprodução
De acordo com o último boletim epidemiológico, até a semana epidemiológica 21 de 2025, o estado registrou 11.180 consultas por síndrome gripal nas três unidades sentinelas. O número representa uma redução em comparação a 2023, quando foram registrados 11.791 atendimentos, mas é superior ao mesmo período de 2024, que contabilizou 10.624 casos.
Embora crianças e idosos sejam os mais afetados pelos quadros graves de SRAG, a faixa etária de 20 a 29 anos foi a que mais procurou as unidades sentinelas em 2025, apresentando, na maioria dos casos, síndrome gripal sem gravidade. Segundo a Sesacre, isso mostra que o vírus está circulando amplamente entre diferentes grupos, mesmo que nem todos desenvolvam formas severas da doença.
A Sesacre reforça que a combinação entre a baixa imunidade de crianças pequenas e idosos, aliada à circulação de diversos vírus respiratórios, tem contribuído para o cenário de alerta e aumento nas internações.
Com o decreto de emergência, o governo estadual busca acelerar a adoção de medidas assistenciais e istrativas para ampliar a capacidade de atendimento e conter a crise sanitária, especialmente no atendimento pediátrico.