Durante coletiva de imprensa na 15ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force), realizada nesta quinta-feira (22), no centro de convenções da Universidade Federal do Acre (Ufac), o governador Gladson Cameli disse que o Acre luta pelo desmatamento zero e construção de rodovias sustentáveis.
Gladson entende que o Acre não vive o melhor momento e que é preciso alcançar o desmatamento zero.
“Eu não estou aqui para dizer que nós estamos vivendo no melhor momento, usando o meu ditado popular. Nós estamos aqui para fazermos ações governamentais, que o poder público tenha a humildade de reconhecer aquilo que precisa ser melhorado. Eu não posso aceitar, e não quero isso para o meu Estado, nem para o meu país, que nós possamos vivenciar novamente aquela questão do clima que ficou ano ado, a questão das fumaças e queimadas. Todos nós somos responsáveis. E quando eu digo todos nós, é o poder público, é a iniciativa privada, somos todos nós seres humanos”, pontuou.

O chefe do executivo afirmou que o GCF é uma preparação para a COP-30, que acontece em novembro, em Belém do Pará/ Foto: ContilNet
“Não adianta também o mundo querer culpar a Amazônia, porque não é a culpada, não é a Amazônia. Então a culpa é de vários anos. O que cabe agora é ninguém ir atrás de culpado, mas achar soluções e possamos evitar situações desagradáveis como essa, como foi ano ado. E os índices de desmatamento não é só diminuir o desmatamento, é zero. E para diminuir o desmatamento nós precisamos o quê? Criar pautas que visam o homem da Amazônia como um todo”, acrescentou.
O governador foi questionado se colocou nas discussões do GCF a construção de estradas – como a que pretende ligar Cruzeiro do Sul a Pucallpa, no Peru – que enfrentam discussões ferrenhas sobre impactos ambientais.
“A legislação é muito clara. Nós temos aí a engenharia, projetos sustentáveis, projetos de rodovias ambientais, de ferrovias ambientais, que não vai, de forma alguma, atingir o meio ambiente. Temos aí o Parque Nacional da Serra do Divisor, que nós respeitamos, mas nós temos alternativas. Por que não pensar numa via Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Porto Walter? Vai aumentar o custo, vai aumentar um pouco a distância, mas nós temos que cumprir o que está na legislação. E essa é uma das alternativas, é uma das pautas que nós vamos discutir, sim, com toda certeza. São rodovias sustentáveis, ferrovias sustentáveis, é isso que nós vamos aprender e executar”, salientou.
Na ocasião, o chefe do executivo afirmou que o GCF é uma preparação para a COP-30, que acontece em novembro, em Belém do Pará.
“A importância que é cada Estado, cada província, cada país ter o direito de se conhecer cada vez mais, para que a gente possa, juntos, como você mesmo mencionou, na COP30, irmos com pautas que sejam executáveis, para que a gente possa vencer os desafios, que é além de proteger o meio ambiente, mas criar oportunidades para quase 27 milhões de amazônidas”, afirmou.