No mesmo dia em que se encontrava no Acre participando de um debate na área ambiental, na sexta-feira (23), a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, recebeu, como o resto do mundo, com pesar, a morte do fotografo Sebastiao salgado, aos 81 anos, em Paris. Salgado e Marina estiveram juntos em várias oportunidades e, defensores das mesmas causas, se tornaram amigos.

Marina Silva fica sabendo da morte de Sebastião Salgando durante sua visita ao Acre e lamenta morte do amigo. Foto: Reprodução
A ministra acreana utilizou suas redes sociais, neste fim de semana, para lamentar a morte do profissional da fotografia mais reconhecido no mundo.
“Perdemos um profissional que ajudou, com arte e firmeza, a voltar os olhos do mundo para lugares e cenas que jamais seriam vistas sem o poderoso e delicado alcance de suas lentes”, disse Marina Silva.
“Lentes sempre atravessadas por seu olhar e espírito humanitário retrataram fatos históricos e algumas das maiores mazelas mundiais com a sensibilidade de poucos. Ao cobrir guerras, deslocamentos humanos forçados e a busca pela sobrevivência, Sebastião Salgado colocou luz nas principais sombras da humanidade. Mostrou o sofrimento, a dor e as alegrias de forma respeitosa com os retratados, sem transformá-los em meros objetos de exposição”, acrescentou.
Marina Silva disse ainda que, “reconhecido mundialmente por seu trabalho e apontado como um dos maiores fotógrafos do mundo, Salgado também se preocupava com a proteção do meio ambiente e dos outros tipos de vida que compartilham este planeta com os humanos ao lado” – “de sua companheira de vida, a arquiteta e ambientalista Lélia Salgado, ele criou o Instituto Terra, uma organização ambiental dedicada ao desenvolvimento sustentável no Vale do Rio Doce”, continuou a ministra
Para ela, a atuação do casal no plantio de árvores foi “um modelo de sucesso a restauração da antiga fazenda da família de Sebastião Salgado, em Aimorés (MG), que encontrava-se totalmente degradada devido ao uso como pasto”.
A área foi totalmente restaurada, com exemplares da flora e fauna da Mata Atlântica, tornando-se a primeira região degradada a ser reconhecida como Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) do Brasil. Esse modelo de sucesso continua se espalhando pela região, graças à atuação do Instituto Terra.
“Minha solidariedade à Lélia, aos seus filhos Juliano e Rodrigo, amigos e fãs. Que Deus possa consolá-los neste momento de dor e tristeza”, acrescentou marina Silva.