O novo julgamento de Giani Justo Freitas, acusado de matar a engenheira civil Sílvia Raquel Mota em 2014, foi adiado novamente pela Justiça do Acre. O crime ocorreu em Rio Branco, onde o corpo da vítima foi encontrado dentro de uma caixa d’água na casa onde ela vivia com o então marido. Desde então, o caso se arrasta há quase onze anos sem uma conclusão definitiva.
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Segundo a acusação, Silvia Raquel foi assassinada pelo ex-marido que não aceitava o fim do relacionamento/Foto: Arquivo pessoal
Freitas chegou a ser condenado em 2019 a 19 anos de prisão pelo assassinato da ex-esposa, com pena a ser cumprida em regime fechado. Posteriormente, o Ministério Público Estadual recorreu da sentença, solicitando o aumento da pena por entender que houve planejamento e frieza na execução do crime. O Tribunal de Justiça do Estado atendeu parcialmente ao recurso e elevou a pena para mais de 24 anos, embora tenha rejeitado o pedido para que o réu começasse a cumprir a pena imediatamente.
No entanto, em novembro de 2023, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) acatou um recurso da defesa e anulou o julgamento anterior. O argumento foi a violação ao direito de defesa, já que duas testemunhas apontadas pelos advogados de Freitas não foram ouvidas no júri original. A decisão foi assinada pelo ministro Rogério Schietti, que determinou a realização de um novo julgamento.
Giani Justo Freitas é acusado pela morte da esposa, Silvia Raquel Mota/Foto: Reprodução
A nova sessão foi inicialmente agendada para abril deste ano pela 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco. Em seguida, o julgamento foi remarcado para o dia 26 de maio. No entanto, mais uma vez, a audiência foi cancelada, e até o momento não há nova data definida para o júri popular.
Durante o andamento do processo, Freitas permaneceu em liberdade, embora tenha sido obrigado a cumprir medidas cautelares, como se apresentar regularmente à Justiça. Essas exigências foram suspensas no último dia 20.
