A Justiça do Acre determinou a prisão preventiva de nove pessoas envolvidas no brutal assassinato de Yara Paulino da Silva, de 27 anos, ocorrido em março deste ano, na comunidade Cidade do Povo, em Rio Branco. A decisão foi tomada após a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluir o inquérito que investigou o crime, atendendo à solicitação do delegado responsável pelo caso, Leonardo Ribeiro.
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Yara, que era dependente química, foi vítima de uma falsa acusação que gerou revolta entre moradores da região. Espalhou-se na comunidade a informação de que ela teria matado a própria filha e ocultado o corpo em uma área de mata. Movidos pela indignação, moradores invadiram a casa da vítima. Mesmo tentando escapar, Yara foi alcançada na rua e linchada com extrema violência, sendo agredida com pedaços de pau, tijolos e chutes até a morte.
A tragédia se agravou ainda mais após a polícia confirmar que o corpo encontrado próximo ao local, inicialmente identificado como sendo da suposta filha de Yara, era, na verdade, de um cachorro. A falsa acusação foi o estopim para um crime bárbaro cometido por moradores que se basearam em boatos.
Com o encerramento da investigação e a identificação dos envolvidos, a Justiça entendeu que havia elementos suficientes para manter os suspeitos presos preventivamente, com o objetivo de garantir a ordem pública e o andamento do processo judicial.