Importância do financiamento do transporte público

Entenda como o financiamento adequado do transporte público promove inclusão, mobilidade urbana e bem-estar social

Qual é a importância do financiamento do transporte público para o bem-estar social?

O financiamento adequado do transporte público é um dos pilares fundamentais para garantir o o equitativo a oportunidades econômicas, sociais e educacionais nas cidades brasileiras. 

Especialistas e empresários do setor, como Jacob Barata Filho, têm destacado a necessidade urgente de repensar os modelos de custeio do transporte coletivo, visando à inclusão social e à sustentabilidade urbana.​

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Desafios no financiamento do transporte público no Brasil

O sistema de transporte público brasileiro enfrenta desafios significativos relacionados ao seu financiamento. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), seriam necessários R$ 295 bilhões em investimentos para equiparar a infraestrutura de transportes das 15 maiores regiões metropolitanas brasileiras aos padrões de outras cidades latino-americanas, como Bogotá e Santiago.

Além disso, o subsídio ao transporte público já atinge R$ 12 bilhões por ano, pressionando os orçamentos municipais. Antes da pandemia de COVID-19, apenas três grandes cidades brasileiras ofereciam subsídios ao transporte coletivo. Atualmente, 237 municípios adotam essa prática, incluindo 18 capitais e seis regiões metropolitanas. ​

Esse cenário evidencia a necessidade de modelos de financiamento mais sustentáveis e equitativos, que não dependam exclusivamente da tarifa paga pelo usuário.​

A visão de Jacob Barata Filho sobre o financiamento do transporte público

Em seu artigo “Transporte público é como água: essencial, mas ninguém carrega sozinho”, publicado no LinkedIn, Jacob Barata Filho compara o transporte público à água: essencial, mas cujo custo não pode ser arcado apenas pelo usuário. Ele defende a Tarifa Zero, modelo em que o transporte público é financiado por toda a sociedade, por meio de impostos e outras fontes, eliminando o custo direto para o ageiro.

Barata Filho argumenta que a Tarifa Zero pode desencadear um ciclo virtuoso, promovendo inclusão social, dinamizando a economia local e reduzindo as emissões de carbono. Ele cita exemplos de cidades que adotaram esse modelo, como Maricá (Brasil), Tallinn (Estônia) e Kansas City (EUA), que observaram melhorias na mobilidade e na qualidade de vida da população.​

Além disso, ele destaca que a adoção de subsídios públicos implica em maior transparência e contratos com atribuições claras entre o poder público e os operadores, visando ao bem comum. Para ele, o modelo de remuneração por quilômetro rodado é o mais adequado, pois garante previsibilidade e estabilidade para o planejamento e a oferta de um serviço de qualidade.​

O legado de Jacob Barata no transporte brasileiro

Jacob Barata, pai de Jacob Barata Filho, foi um dos pioneiros no setor de transporte rodoviário de ageiros no Brasil. Iniciou sua carreira como motorista de lotação no Rio de Janeiro e, em 1955, fundou a Viação Elizabeth. Ao longo dos anos, expandiu seus investimentos, criando um dos maiores conglomerados de transporte de ageiros do país, com cerca de 20 mil colaboradores e uma frota de seis mil ônibus.

Seu legado inclui a modernização do transporte urbano e rodoviário, com a implantação de sistemas como o vale-transporte e o monitoramento de veículos. Essas inovações contribuíram para a melhoria da qualidade do serviço e serviram de modelo para outras empresas do setor.​

Embora o Grupo Guanabara tenha sido fundado por Jacob Barata e seja reconhecido por sua atuação de destaque no transporte coletivo brasileiro, Jacob Barata Filho não integra a istração do grupo. Sua atuação no setor está centrada em debates e propostas sobre modelos de financiamento e políticas públicas, como a defesa da Tarifa Zero e a busca por soluções sustentáveis para o transporte urbano no Brasil. 

Essa distinção é importante para delimitar as contribuições de cada um no setor e reforçar o papel de Jacob Barata Filho como articulador de ideias voltadas à melhoria da mobilidade urbana.

Iniciativas recentes no setor de transporte

Empresas ligadas ao Grupo Guanabara continuam a desempenhar um papel relevante no setor de transporte público. Em 2022, a Guanabara Diesel venceu licitação para fornecer 100 ônibus articulados para o sistema BRT do Rio de Janeiro, com um investimento de R$ 241,8 milhões. ​

Em 2024, a Prefeitura do Rio de Janeiro investiu R$ 867 milhões na compra de 300 ônibus articulados da mesma empresa, visando à renovação da frota e à melhoria do serviço prestado à população.

Essas iniciativas demonstram o compromisso contínuo com a modernização e a eficiência do transporte público, alinhando-se às propostas de financiamento sustentável defendidas por Jacob Barata Filho.​

Financiamento público: chave para transporte ível e eficiente

O financiamento do transporte público é uma questão central para o desenvolvimento urbano e a promoção da justiça social. Modelos como a Tarifa Zero, defendidos por especialistas e empresários do setor, oferecem alternativas viáveis para garantir o o universal ao transporte coletivo.​

A trajetória de Jacob Barata e Jacob Barata Filho no setor de transporte brasileiro evidencia a importância de investimentos contínuos e de inovações que visem à melhoria da qualidade do serviço e à inclusão social. O debate sobre o financiamento do transporte público deve considerar essas experiências e buscar soluções que atendam às necessidades da população e promovam cidades mais sustentáveis e equitativas.

 

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