HÁ VINTE ANOS – Geraldo, o presidente-gerente (Por Armando Mendes)

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“O Brasil precisa de um gerente, Geraldo presidente”. É o que proclama um adesivo distribuído, sábado ado, no encontro estadual do PSDB aqui em São Paulo, informam os jornais.

O adesivo é azul e amarelo, as cores tucanas. Sisudo como o sacristão de um cardeal conservador (não conheço nenhum, mas imagino que sejam carrancudíssimos).

Ao que dizem, marca o lançamento extraoficial da candidatura presidencial do governador Geraldo Alckmin em 2006. O que vocês acham? É tão mobilizador, empolgante e inspirador quanto um MBA.

O slogan de Alckmin me faz lembrar uma campanha eleitoral para o governo do Rio de Janeiro em que Leonel Brizola enfrentou Sandra Cavalcanti (se não me engano foi a de 1982).

O slogan de Sandra Cavalcanti – a candidata do PTB, vejam só – era algo na linha do “Vamos arrumar a casa”. Brizola demoliu-o perguntando: “O Rio de Janeiro vai eleger um governador ou uma governanta?”.

É o caso de perguntar agora: o Brasil vai eleger um presidente ou um gerente? Tucanos geraldistas certamente dirão que, depois do bate-cabeça generalizado do governo Lula, os brasileiros estarão ansiosos por um gerente em 2006.

Correm o risco de pregar aos convertidos. Talvez o presidente-gerente faça sucesso entre eleitores de classe média que já seriam mesmo simpatizantes dos tucanos. Mas tirar votos populares de Lula? A ver.

 

(Publicado aqui em 31 de maio de 2005)

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