O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) partiu para cima do procurador-geral da República, Paulo Gonet, após o chefe da PGR pedir ao STF a abertura de inquérito contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Flávio chamou o pedido de Gonet contra o irmão de “cagada” — uma referência ao áudio do procurador-geral da República vazado durante o depoimento do ex-ministro Aldo Rebelo no âmbito do “inquérito do golpe”.
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O senador Flávio Bolsonaro é o presidente da Comissão de Segurança Pública da Casa
Edilson Rodrigues/Agência Senado2 de 4
O senador Flávio Bolsonaro
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Paulo Gonet, procurador-geral da República
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Paulo Gonet e Alexandre de Moraes
Alejandro Zambrana/Secom/TSE
“Que cagada, Gonet! É bizarro como a democracia acabou no Brasil: até o chefe do Ministério Público Federal usa seu poder para perseguir um parlamentar que está buscando ajuda internacional”, afirmou Flávio.
Segundo o senador, a “cagada” fez Gonet se inscrever “com força no rol de possíveis sancionados” pelo governo americano, que já anunciou estudar sanções ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
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“Com a iniciativa mesquinha de instaurar um inquérito fake contra Eduardo Bolsonaro, Gonet faz mais uma ‘cagada’ e ratifica às autoridades americanas o estado de exceção vigente no Brasil. Inscreveu-se com força no rol de possíveis sancionados junto com Moraes”, escreveu Flávio.
“Fiz uma cagada”
Durante a oitiva de Aldo Rebelo na sexta-feira (23/5), Gonet iniciou uma pergunta na qual questionou se, sem o Exército, a Marinha conseguiria romper com a ordem institucional no Brasil.
“Sem o Exército, a Marinha poderia romper com a normalidade institucional, já que mencionou que a Marinha não tem a mesma capilaridade do Exército?”, questionou Gonet.
No mesmo instante, Gonet foi interpelado pelo advogado do almirante Almir Garnier, Demóstenes Torres. O advogado questionou a Moraes se o procurador poderia pedir opiniões a Aldo Rebelo.
Moraes, então, pediu que Gonet reformulasse a pergunta. Nesse momento, o chefe da PGR, que participava por vídeo, falou com a mão nos lábios: “Fiz uma cagada agora”. O microfone dele estava aberto, e o áudio vazou.