O Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC), convocou uma coletiva de imprensa para esclarecer dúvidas acerca da polêmica recente envolvendo os internatos irregulares que vem ocorrendo no estado.

Conselho Regional de Medicina esclarece polêmica envolvendo internatos irregulares no Acre. Foto: Reprodução
A presidente do CRM no Acre, Leuda Dávalos, explicou que o CRM não tem responsabilidade quanto à essa decisão, já que a regulamentação é feita pelo Ministério da Educação (MEC).
“O CRM não regulamenta internato, a gente fiscaliza a ética médica, a nossa responsabilidade é com os médicos, que pensam em participar de internatos que são ilegais. Pra ser configurado o internato ele precisa seguir alguns critérios”, enfatizou ela.
Ela afirma ainda que o CRM tem dever de prevenir que médicos atuando no estado não sejam coniventes com internatos ilegais.
“Temos que prevenir para que os médicos não participem de internatos que estejam em situação ilegal no país. Não temos poder de regular os internatos, mas vamos fiscalizar e conversar com os gestores responsáveis para que não tenham esses internatos não legalizados”, completou.
Ela ainda explicou que apenas três faculdades tem permissão para realizar internatos no estado do Acre, sendo a Uninorte, a Ufac e uma instituição privada de Cruzeiro do Sul.
Mario Rosas é coordenador jurídico do CRM-AC e reforça que o CRM apenas fiscaliza e não compete a ele a legalidade dos internatos.
“O que rege esse internato no Brasil é o MEC, isso não nos compete, apenas o que nos compete é a fiscalização da ética médica. Por isso emitimos essa recomendação, para não participarem de um internato que não tenha essa autorização no Brasil”, explica.
Por fim, a presidente do CRM destacou os perigos dos internatos clandestinos.
“Os riscos são pra sociedade, para que ele exista precisam cumprir vários critérios, como corpo de docentes e outras coisas. São pelo menos dois anos de internato e precisamos de toda uma estrutura física além do corpo docente. Todo acadêmico, todo interno é amparado pelos professores ou preceptores, então isso impacta muito, se não tiver esse e a sociedade pode correr grande risco”, finalizou.
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