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Com chikungunya sob controle, Acre acende alerta para avanço do vírus Mayaro, diz Sesacre 4h5n45

Por Vitor Paiva, ContilNet 563s62

Mosquito habita as florestas mas começa a circular nas zonas urbanas da Amazônia/Foto: Reprodução

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) informou que os casos de chikungunya permanecem sob controle no estado. Até a 21ª semana epidemiológica de 2025 (encerrada em 24 de maio), foram registrados apenas 107 casos prováveis, o que representa uma incidência acumulada de 12,2 casos por 100 mil habitantes — considerada baixa.

A maioria das confirmações foi feita por critério laboratorial, com destaque para Cruzeiro do Sul e Rio Branco. Seis municípios não registraram nenhum caso da doença. Apesar da estabilidade, a Sesacre recomenda a manutenção das ações de monitoramento para evitar surtos pontuais.

Crescimento do vírus Mayaro preocupa autoridades

Apesar da estabilidade da chikungunya, a Sesacre acendeu um sinal de alerta com relação ao aumento de casos da febre Mayaro, uma arbovirose semelhante à chikungunya, transmitida pelo mosquito Haemagogus.

Febre do Mayaro é uma doença viral febril aguda, com sintomas muito semelhantes ao da Chikungunya e Dengue/ Foto: Reprodução

De janeiro a maio, 7.471 amostras foram analisadas, com 11 confirmações da doença — o maior número desde o início da testagem em 2023. O dado representa um crescimento de 100% em relação aos dois anos anteriores somados (7 casos em 2023 e 4 em 2024). Os registros de 2025 ocorreram em Cruzeiro do Sul (6), Rio Branco (3), Porto Acre (1) e Rodrigues Alves (1).

A febre Mayaro causa sintomas como febre alta, dores musculares, dor de cabeça, erupções na pele e inchaço nas articulações, sendo muitas vezes confundida com outras arboviroses como dengue e chikungunya. Não há tratamento específico: o atendimento é feito com hidratação e medicamentos para alívio dos sintomas.

A Sesacre orienta que os municípios intensifiquem o envio de amostras para diagnóstico, além da vigilância epidemiológica e entomológica, sobretudo em áreas rurais e silvestres — mais propensas à circulação do vírus.

Dengue segue com alta incidência e preocupa estado

Em contraste com o cenário da chikungunya e do Mayaro, a dengue continua com números elevados no Acre. Até o final de maio, foram registrados 8.297 casos prováveis, com 5.149 confirmações. A taxa de incidência acumulada é de 949,2 casos por 100 mil habitantes — considerada alta.

A capital, Rio Branco, concentra mais de 3.400 notificações. Três mortes foram confirmadas em 2025, nos municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Tarauacá.

Diante do avanço da doença, o estado decretou situação de emergência em saúde pública e intensificou ações como mutirões de limpeza, distribuição de testes rápidos, campanhas educativas e controle do mosquito Aedes aegypti.

Também foi iniciada a vacinação contra a dengue para o público prioritário — crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa que registra os maiores índices de hospitalização no estado. A Sesacre reforça que a imunização é a principal medida para prevenir formas graves da doença.

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