Eles estão por toda parte, do feed do Instagram aos vendedores ambulantes nas ruas do Brasil. Os livros de colorir voltaram com tudo e viraram tendência, impulsionados por personagens fofos e virais como “Bobbie Goods” e “Lilo e Stitch”. Diante desse fenômeno, o portal LeoDias conversou com uma psicóloga para entender os benefícios da prática, tanto para crianças quanto para adultos.
Especializada em saúde mental na infância e adolescência, Ana Café explica que os livros de colorir são considerados materiais lúdicos e oferecem inúmeros benefícios para todas as idades: desde crianças até adultos. “São bastante indicados para o desenvolvimento do pensamento criativo, manejo da ansiedade e desenvolvimento de foco. Quando utilizados por adultos, geralmente o objetivo é a redução do estresse”.
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Ana também destaca que os livros de colorir estimulam a criatividade, o que contribui diretamente para a plasticidade cerebral, ou seja, a capacidade do cérebro de se adaptar, criar novas conexões e encontrar diferentes formas de lidar com situações do dia a dia. Por isso, é especialmente recomendado para crianças, já que pode auxiliar no desenvolvimento emocional e cognitivo dos pequenos.
Inclusive, a psicóloga reforça que esse tipo de processo tem sido cada vez mais perdido com o uso excessivo de telas. Ao pintar, as crianças têm a chance de estimular a criatividade de forma mais ativa e saudável: “São esses processos que vem tendo tanto prejuízo em função da hiperestimulação sensorial e o empobrecimento cognitivo decorrente do uso massivo de tela por crianças”.
No entanto, os adultos também podem se beneficiar da prática, mesmo aqueles que não têm muita paciência para pintar ou se irritam quando o resultado não sai como esperavam. Ana destaca que, justamente nesses casos, colorir pode ser uma ótima forma de trabalhar o perfeccionismo e aprender a lidar com a frustração: “Não existe contra indicação para o uso dos livros lúdicos ou livros de colorir”.