O caso das fraudes no INSS tem ganhado destaque na mídia nacional desde que veio à tona, e alguns dos nomes envolvidos no esquema começaram a ser revelados — entre eles, o de Antônio Carlos Camilo Antunes. Conhecido como “Careca do INSS”, ele foi apontado como sócio de 22 empresas, muitas das quais, segundo relatório da investigação, teriam sido usadas para viabilizar as fraudes. O portal LeoDias te conta tudo sobre o homem por trás do apelido que virou manchete.
A investigação aponta que o empresário movimentou ao menos R$ 53,5 milhões entre 2022 e 2024 por meio dessas empresas. Conhecido como “Careca do INSS”, ele prestava consultoria a entidades associativas que atuam junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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De acordo com informações da PF, as empresas do sujeito recebiam recursos que eram debitados de forma indevida de aposentados e pensionistas. Além disso, reava parte deles a servidores da instituição federal ou a familiares e empresas vinculadas a ele.
Com a investigação, a PF concluiu que, ao todo, pessoas físicas e jurídicas ligadas ao investigado receberam R$ 53.586.689,10. Todas as transferências foram realizadas por meio de entidades associativas ou intermediadas por suas empresas.
“Chama atenção, ainda, que Antônio Carlos é sócio de várias empresas de Sociedade de Propósito Específico (SPE), as quais detêm personalidade jurídica própria, utilizadas na tentativa de blindar os sócios controladores”, diz o o relatório.
As informações ainda indicam que todas as empresas de Sociedade de Propósito Específico (SPE) têm o endereço, número de telefone, valor de capital social e registro de CNAE (compra e venda de imóveis próprios) em comum. “Não bastasse isso, todas as empresas foram constituídas em período contemporâneo aos rees advindos das entidades associativas e suas intermediárias”, pontua.
O “Careca do INSS” afirma atuar como agente e declara uma renda mensal de R$ 24.458,23, além de um patrimônio entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. No entanto, o volume das transações realizadas por ele levantou suspeitas, já que supera os valores informados. A investigação revelou que, entre os dias 22 de abril e 16 de julho de 2024, Antônio acumulou um patrimônio imobilizado de R$ 14,375 milhões.
Diante da repercussão do caso, Antônio Carlos Camilo Antunes registrou uma queixa-crime contra os proprietários de um site de notícias do DF pedindo para não ser chamado de “Careca do INSS”. A defesa ele alegou que as publicações com o apelido “Careca do INSS” são pejorativas e ofensivas à sua reputação.