A casa do policial civil Fábio Caldeira, acusado de ter atirado e matado seu vizinho, Francisco Rui Costa, de 55 anos, na manhã deste sábado (24), dentro do próprio terreno, na Rua Almirante Jaceguai, no bairro Isaura Parente, em Rio Branco, está sendo supostamente vigiada por policiais à paisana na noite deste sábado.
Segundo informações de vizinhos, uma caminhonete e um carro de eio estão estacionados nas proximidades da casa do policial, com o objetivo de garantir a segurança do casal ligado à Segurança Pública. O fato gerou indignação entre os moradores, especialmente considerando que, enquanto o corpo de Rui é velado na Capela São Francisco, o agente — que também teria ameaçado o irmão da vítima — recebe atenção e proteção especial por parte do poder público.
Ainda de acordo com vizinhos e familiares, a comunidade afirma não se sentir segura. A revolta aumentou após Fábio deixar a delegacia “pela porta da frente”, sem prisão em flagrante e sem ar por audiência de custódia, além de aparentemente contar com escolta “particular”. “A gente está com medo. Parece que ele está acima da lei”, desabafou uma moradora que preferiu não se identificar.
As placas dos veículos identificados pela reportagem, após consulta junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran), não constam nos registros oficiais, o que levanta a suspeita de que sejam veículos descaracterizados, utilizados por forças de segurança em investigações sigilosas.
A comunidade demonstra forte insatisfação com o caso e com a forma como os operadores da Segurança Pública do Estado do Acre estão lidando com a situação.