Mãe de ex-vice-prefeita de Rio Branco foi a primeira grande paixão e inspiração de João Donato

"Fez música para ela quando tinha apenas 7 anos e nem os pés alcançavam direito o piano", revelou a ex-deputada Regina Lindo, filha da musa do artista

A ex-vice-prefeita de Rio Branco (de 1992 a 1996) e ex-deputada federal pelo Acre, Regina Lino, que vive em Brasília, fez uma revelação que poucos sabiam: João Donato, o músico acreano que se tornaria ícone da Bossa Nova e da Música Popular Brasileira (MPB), foi apaixonado por sua mãe, dona Niny. Não era bobo mesmo o acreano João. Afinal, dona Niny, que se casaria no futuro com o político Ruy da Silveira Lino, ex- governador do território e ex-deputado federal pelo Acre, era de fato uma das mulheres mais lindas e elegantes da incipiente sociedade acreana, na virada dos anos 30 para 40.

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Dona Niny e João Donato/Foto: Reprodução

De acordo com Regina Lindo, a paixão platônica do futuro gênio musical por sua mãe veio antes do nascimento dela e de seus irmãos, antes de dona Niny conhecer seu pai, Ruy Lino. Se houve ou se não houve alguma coisa entre eles dois, não se sabe com precisão. Mas a paixão ficou registrada na música “Nini”, que João Donato escreveu quando tinha pouco mais de 7 anos de idade.

“Ele mal conseguia alcançar os pedais do piano”, contou Regina, revelando as confidências que lhe fizera sua mãe. Dona Niny hoje é uma bela bisavó, de 89 anos, mesma idade com a qual partiu João Donato.

Mas se o romance com dona Niny não deu certo, o artista, ao chegar no Rio Janeiro, na virada dos anos 40 para 50, logo viveu um grande amor, com uma mulher bem mais velha que ele: Dolores Duran, cantora e compositora que fazia muito sucesso na época.

João Donato morre aos 88 anos/Foto: Reprodução

Foi uma paixão avassaladora, que lhe valeu inclusive reprimendas dos pais, o coronel aviador João Donato e dona Lay.

Mas o amor resistiu às críticas familiares. Já como artista, após o rompimento com Dolores Duran, Donato conheceu uma certa Leila, que não se sabe exatamente quem é. O que se sabe é que ela mereceu do artista, como fez com dona Niny no ado, uma série de canções que ele chamou de “Leilíadas”.

O fato é que o artista, com todo poeta que se preze, era um homem de muitas paixões. Sua última foi a jornalista Ivone Belém. Foi seu último grande amor, a qual ele se dedicava ultimamente.

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