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Terra Livre: no AC, indígenas protestam contra projetos de lei que discutem liberação de terras 5z5145

Por NANY DAMASCENO, DO CONTILNET 726k38

No último dia 4, indígenas de todas as regiões do país deram início à 18ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL). Com o tema “Retomando o Brasil: Demarcar Territórios e Aldear a Política”, o evento nacional se concentra em Brasília até dia 14, mesmo período em que o Congresso Nacional e o governo federal pautam a votação do Projeto de Lei 191/2020, que abre as terras indígenas para a mineração, exploração de hidrocarbonetos, como petróleo, e a geração de energia elétrica nestes territórios. Eles protestam também contra o Marco Temporal, que esta em julgamento no Superior Tribunal Federal (STF).

No Acre, o acampamento teve início na segunda-feira (10), com uma agenda que começou com uma concentração na Universidade Federal do Acre (Ufac) e depois, os povos originários saíram em caminhada por órgãos públicos do estado, começando por uma parada em frente à sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), onde não foram recebidos, segundo disse a Dinassi em entrevista ao ContilNet. Lá eles reclamaram do orçamento para a instituição que foi cortado.

Foto:ContilNet

Acampamento teve início na segunda-feira/Foto: ContilNet

“Nossa primeira parada foi na Funai, onde não fomos recebidos. Ficamos lá por três horas e não nos atenderam, mas fizemos nosso protesto. Seguimos por Ministério Público, onde também nos receberam muito bem e nos explicaram como o órgão pode nos ajudar nessa pauta”, explicou.

A manifestação conta com 10 delegações de vários municípios acreanos, com representação da maioria dos 16 povos e se estende até dia 14, com diversas programações.

Acampamento encerra no dia 14/Foto: ContilNet

“Nós queremos que a população e autoridades entendam que nós somos o povo originário dessa terra, não podem nos tirar direitos. Sem terra não somos nada”, disse Dinassi.

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