Uma ativista iraniana ou 40 dias de terror no Acre. De acordo com informações da Folha de SP, ela deixou o Irã devido a perseguição política, mas acabou detida na fronteira do Brasil com o Peru com aporte adulterado e ou 40 dias presa na superlotada penitenciária de Rio Branco.
A ativista e cinegrafista iraniana Mahnaz Alizadeh, 36, foi absolvida pela Justiça Federal no Acre, na última segunda-feira (1º). Ela foi defendida de forma voluntária por um grupo de advogadas.
“Considerando o contexto social e o trabalho exercido por Mahnaz no Irã, não se podia exigir da acusada que tivesse padrão de culpabilidade distinto quanto à utilização de documento falso, restando patente que visava apenas fugir para local seguro, buscando sua liberdade”, afirma o juiz Jair Facundes, na sentença.
O drama de Alizadeh no país começou em agosto do ano ado, quando foi barrada em Assis Brasil (AC) junto com outros seis iranianos pela PF. “Portava um aporte canadense falso. Segundo o inquérito, ela era integrante de uma quadrilha de imigração ilegal junto com o coiote iraniano-canadense Reza Sahami, responsável de fato pelo grupo. Apenas os dois ficaram presos”, diz a publicação.
Alizadeh foi colocada numa cela lotada, em ala controlada pela facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Em sua segunda vez confinada, já que no Irã havia sido presa política, Alizadeh ou maus bocados: sem falar português e com inglês precário, dividiu colchão com outras detentas e conviveu com falta de água.
“Em crise depressiva, a iraniana chamou a atenção da ouvidora da Defensoria Pública do Acre, Solene Oliveira da Costa. Ela procurou a Rede Liberdade, que atua em casos de violações de direitos humanos”, completou a Folha.
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