Por anos, a população do Acre aguarda ansiosamente por melhorias nas suas estradas, especialmente na tão esperada recuperação da BR-364 — uma via que, infelizmente, virou símbolo de descaso e promessas não cumpridas. Apesar de muitos bilhões enviados pelo governo federal ao longo dos anos, a realidade nas rodovias do estado permanece precária, com buracos, atoleiros e tráfego cada vez mais difícil.
Recentemente, notícias circularam de que o presidente Lula teria enviado mais de um bilhão de reais para a recuperação da BR-364. Mas, como dizem os populares, “o gato comeu o dinheiro”. Essa frase, carregada de ironia, expressa a frustração de quem vive na ponta da linha — os motoristas, caminhoneiros, taxistas e moradores — que continuam enfrentando as mesmas dificuldades de sempre.
Enquanto rodovias em Rondônia, por exemplo, estão asfaltadas ou pelo menos piçarradas, a BR-364 do Acre parece uma estrada de guerra. A ausência de melhorias não é apenas uma questão de trânsito difícil, é uma afronta à dignidade dos acreanos. A justificativa frequentemente apresentada pelos es é de que o solo do Acre é “ruim” ou “problemático” e, por isso, dificultaria as obras de infraestrutura.
A desculpa de que o solo do Acre não a obras de grande porte é repetida até a exaustão. Mas a questão que fica no ar é: onde estão as toneladas de pedras compradas com dinheiro público? Essas pedras, que poderiam ajudar na pavimentação ou estabilização das estradas, parecem ter desaparecido, assim como a esperança de uma solução rápida e eficiente.
Muitos acreditam que a corrupção e a má gestão são as verdadeiras causas da demora e do desperdício de recursos. Políticos que deveriam zelar pelo bem comum muitas vezes se beneficiam de esquemas que drenam o dinheiro destinado às obras essenciais, deixando o povo na mesma situação de sempre. A impunidade e a ausência de fiscalização eficazes alimentam esse ciclo vicioso.
O único político que, até hoje, conseguiu cumprir parte de suas promessas foi Orleir Cameli. Sob seu comando, houve o asfaltamento completo da estrada de Sena, além de melhorias em várias cidades do Alto Acre e na ligação de Sena a Cruzeiro do Sul. Essas obras mostram que, com determinação e gestão eficiente, é possível avançar.
Chegou a hora de cobrar responsabilidade dos es do dinheiro público. É fundamental que eles abandonem suas poltronas, parem de enriquecer às custas do povo e cumpram seus deveres. Afinal, o dinheiro que chega ao governo deve servir para melhorar a vida das pessoas, não para alimentar esquemas de corrupção.
A situação da BR-364 é um retrato da desigualdade e do descaso que persistem no Acre. A população, cansada de promessas vazias, clama por ações concretas, por obras que realmente resolvam o problema, e por políticos que tenham compromisso com o desenvolvimento do estado. Afinal, o povo merece estradas seguras, transporte digno e um futuro de esperança — e não mais promessas vazias e dinheiro desaparecido.