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Rematch é o ‘FIFA Street moderno’ que sempre pedimos; veja análise do beta 123l5u

Por Tech Tudo 4m543

Rematch é um novo jogo de futebol em terceira pessoa que chamou a atenção por ser produzido pela Sloclap, a mesma desenvolvedora de Sifu, famoso roguelite de kung-fu lançado em 2022. O jogo dispensa as regras tradicionais do esporte e aposta totalmente em uma experiência arcade, com partidas entre equipes de até cinco jogadores — cada um controlando seu respectivo atleta. Desta forma, é preciso coordenar jogadas com seus companheiros de equipe, pois não há funções fixas para cada jogador, e executar jogadas estilosas para abrir caminho pelo campo e pontuar.

Nesta última semana, o título recebeu um teste Beta que chamou a atenção de mais 2,5 milhões de jogadores e do qual o TechTudo também teve a oportunidade de participar. Embora muito do seu conteúdo ainda estivesse cru, Rematch conquistou pela sua premissa mais descompromissada, ideal para jogar entre amigos, e mecânicas que são muito satisfatórias de executar, ainda que careçam de ajustes finos. Vale lembrar que o jogo chega em 19 de junho para PlayStation 5 (PS5), Xbox Series XXbox Series S e PC (Steam), custando a partir de R$ 89, além de estar no Xbox Game . Saiba mais a seguir, nas impressões iniciais de Rematch.

Rematch é um divertido jogo de futebol com pegada arcade e produzido pelo mesmo estúdio de Sifu — Foto: Divulgação/Sloclap

Rematch é o ‘FIFA Street moderno’ que sempre pedimos; veja análise do beta 123l5u

  • Futebol arte
  • Gameplay técnica assusta, mas é recompensadora
  • Um Rocket League… com pessoas?
  • Melhor entre amigos
  • Empolgou?

Futebol arte 6r2661

Antes de entrar na minúcia do gameplay, Rematch deixa uma grande impressão já pela sua direção artística. As partidas se desenrolam em espécies de domos tecnológicos, localizados dentro de estágios lotados. Com o andamento da jogatina, tudo em volta do campo se transforma para assumir diferentes paisagens de tirar o fôlego — desde florestas densas com cachoeiras, desertos e até mesmo estações espaciais.

No momento que algum time pontua, há efeitos bastante espalhafatosos e que por sua vez também transformam a paisagem, dando uma identidade visual muito charmosa e autêntica ao jogo. É tudo muito colorido e satisfatório de vislumbrar. Os efeitos visuais, como as chuteiras eletrocutadas no momento em que algum jogador faz investidas, também são ressaltados pela perspectiva em terceira pessoa. Por si só, essa característica já traz um grande ar fresco em comparação a outros títulos de futebol.

As partidas de Rematch acontecem em domos tecnológicos, apresentando diferentes paisagens durante a jogatina — Foto: Reprodução/Bruno Magalhães

Também há uma música percussiva que acompanha dinamicamente os acontecimentos da partida. Esse é um detalhe interessante porque, dependendo da temperatura do jogo e do quão acirrado ele estiver, o jogador fica completamente imerso. Por exemplo, se o seu time interceptar a bola na grande área e engatar um contra-ataque, a percussão acompanha o momento de adrenalina e deixa tudo ainda mais empolgante.

Vale mencionar que o jogo possui um sistema de customização que, embora singelo, dá margem o suficiente para a expressão individual de cada usuário. Ele também traz opções interessantes de representatividade, incluindo tipos corporais, próteses e até mesmo vitiligo. Por se tratar de um Beta, havia poucos estágios e cosméticos disponíveis, mas os testes conseguiram acender o interesse e a curiosidade pelo que pode estar a caminho da versão completa.

Gameplay técnico assusta, mas é recompensador 5l4h3m

Rematch é um prato cheio para jogadores que gostam de executar fintas e dribles estilosos. Apesar da sua carinha mais arcade, o título da Sloclap não subestima a habilidade individual de cada player, dando controle total sobre a bola e seus truques. A simples tarefa de executar es ou adiantar a bola pode levar tempo para ser dominada, pois tudo exige uma combinação de mira, a exemplo de outros títulos em terceira pessoa, com uma precisão no analógico esquerdo.

A quantidade de botões também pode assustar um pouco, e a curva de dificuldade do jogo é um tanto íngreme por consequência. Por exemplo, enquanto o jogador estiver com a posse de bola, ele fica vulnerável a zagueiros. Utilizando um botão dedicado para adiantá-la, é possível correr mais rápido e o personagem fica menos suscetível a interrupções. O problema: a-se a correr o risco de esquecer a bola para trás porque essa técnica faz com que a “posse automática” se perca momentaneamente, exigindo bastante coordenação.

Em confrontos diretos, é possível segurar um botão dedicado para entrar em uma “postura de drible”, que também permite uma movimentação mais horizontal para o controle da bola. Combinando os direcionais com o já mencionado botão de adiantar a bola, é possível executar dribles para furar a defesa adversária. Só por isso, já dá para ter uma noção da quantidade de botões que devem ser pressionados simultaneamente para realizar as ações do jogo.

Rematch não tem funções fixas para os jogadores: qualquer um pode chegar na grande área e virar um goleiro — desde que seja um por vez — Foto: Reprodução/Bruno Magalhães

Esses comandos mais técnicos não são necessariamente um problema, pois é um sistema muito satisfatório e recompensador uma vez que começamos a entender. Mas é fato que o jogo falha em comunicar os jogadores sobre o seu funcionamento e pode acabar espantando o público mais casual, pelo menos neste primeiro momento.

Infelizmente, o tutorial do jogo presta um péssimo serviço para o aprendizado das mecânicas. As lições são mal estruturadas e permitem que o usuário avance sem nem ao menos entender o que foi executado. Eu só comecei a aprender de verdade os comandos do jogo com base na exposição, em partidas contra outros jogadores. O remapeamento de controles também dava bastante dor de cabeça, pois a interface de usuário estava pouco responsiva.

Um Rocket League… com pessoas? 3y2h1p

Pode soar engraçado, mas descrever Rematch como um “Rocket League com pessoas” faz bastante sentido. O principal motivo está no fato de que o jogo dispensa completamente as regras do esporte, tais como faltas, impedimentos, arremessos laterais, escanteios etc. De maneira semelhante, ele também traz lembranças do clássico FIFA Street, do PlayStation 2 (PS2), já que é possível utilizar as paredes do campo para executar fintas, es tabelados e outras jogadas inusitadas.

É como se o campo também atuasse como um elemento fundamental das jogadas: cruzamentos e até mesmo chutes ao gol podem tirar proveito das paredes para enganar os demais jogadores, especialmente os goleiros. Por isso, a forma de pensar e de se comportar em uma partida de Rematch se diferencia totalmente de um jogo de futebol mais tradicional.

Por falar em goleiros, qualquer jogador pode assumir essa função livremente durante as partidas. O jogo atribui as luvas automaticamente para o jogador que estiver na grande área — desde que seja um por vez. Logo, é possível intercalar com os seus companheiros de equipe e até mesmo tomar jogadas mais arriscadas, defendendo um chute a gol e imediatamente largando seu posto, em disparada, para aproveitar um contra-ataque.

Rematch é o jogo ideal para curtir entre amigos, até mesmo aqueles que não são muito fãs de futebol — Foto: Reprodução/Bruno Magalhães

Melhor entre amigos 502h1v

Se você tiver se interessado por Rematch, vale um alerta: é fundamental jogar com amigos para que a experiência seja mais positiva. Caso você se aventure no matchmaking com pessoas aleatórias, não tarda até alguém abandonar ou sabotar a partida, com gols contra. Também pesa o fato de que o jogo não filtrava por regiões muito bem, resultando em lag. Felizmente, eu pude fechar um time completo com amigos e a experiência foi muito divertida.

É possível se aventurar em partidas 3v3, 4v4 ou 5v5, que são pensadas para treinar mecânicas, posicionamento e visão de jogo, respectivamente. Cada modo traz um tamanho de campo específico para condizer com a quantidade de jogadores, e todos foram igualmente divertidos. Caso o seu grupo de amigos seja ainda maior, também é possível organizar partidas em salas privadas com bastante facilidade.

Cada modo de Rematch traz um tamanho de campo específico para comportar os jogadores — Foto: Reprodução/Bruno Magalhães

O jogo também contará com um sistema de e de Temporada, permitindo desbloquear novos itens cosméticos com base na progressão. Ainda não está claro como tudo deve funcionar, mas fica claro que a Sloclap tem um plano para engajar a comunidade e manter o jogo ativo a longo prazo. Parte disso também envolve o e a crossplay, dispensando barreiras entre plataformas e unificando a sua base de jogadores.

Empolgou? 5uqd

Rematch foi a maior diversão que eu tive com jogos de futebol desde o saudoso FIFA Street, podendo suprir facilmente a carência dos jogadores por um futebol mais descontraído e mecanicamente engajante. Por mais que essa premissa seja diferente de tudo que se esperava do estúdio por trás de Sifu, sem dúvidas é uma surpresa muito agradável e que deve conquistar rapidamente o seu lugar entre os jogos multiplayer mais divertidos da atualidade.

O jogo ainda precisa ar por alguns ajustes, especialmente no sistema de e, interfaces e na forma como ele comunica suas mecânicas via tutorial, mas as impressões são muito positivas. Uma vez que o usuário entende que “tudo é um chute” e quando é preciso abrir mão da posse automática da bola para realizar jogadas, o aprendizado se torna parte da diversão. É complexo, sim, mas recompensador na mesma proporção.

Os visuais estilizados de Rematch são a “cereja do bolo”, chamando a atenção até mesmo de pessoas que não são fãs do esporte — Foto: Reprodução/Bruno Magalhães

O segredo está em embarcar em Rematch com leveza, sem levar o resultado das partidas muito a sério. E claro, em jogar com amigos para que todo mundo possa compartilhar conhecimento junto. Eu não sou fã de futebol, mas sou um completo entusiasta de jogos de luta e de ritmo. Fui capaz enxergar vários elementos desses gêneros em Rematch, em especial na gestão de recursos, e fui totalmente fisgado pela proposta. Por isso, fica a recomendação para ficar de olho neste lançamento mesmo se você não acompanha o esporte.

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