O dia do aniversário do presidente Donald Trump, comemorado neste sábado (14/6) com um desfile de poderio militar em Washington, foi também marcado por inúmeros protestos que se espalharam pelos EUA. Nova York, Los Angeles, Chicago e mais de cem outras cidades americanas tiveram as ruas tomadas por protestos organizados em torno do lema “No Kings” — “Sem Reis” —, que tinham por objetivo denunciar posturas autoritárias de Trump.

Onda de protestos toma os EUA enquanto Trump celebra aniversário com desfile militar. Foto: Reprodução
O nome das mobilizações deriva do fato de os organizadores, diversos grupos progressistas, considerarem que o republicano se comporta como se fosse um monarca e beneficia bilionários e militares em detrimento da democracia.
As manifestações ocorreram no mesmo dia em que o chefe de Estado presidiu desfile militar na capital do país, do qual participaram cerca de 7 mil militares, 150 veículos militares e 50 aviões. Também neste sábado, uma congressista estadual democrata foi morta a tiros em Minnesota, em um ataque que, segundo as autoridades, pode ter sido gerado por motivações políticas.
O movimento reforça propósito de “rejeitar o autoritarismo, o supremacismo branco e os ataques sistemáticos aos direitos civis promovidos por setores da extrema direita”. Fazem parte da pauta, também, políticas restritivas de migração, cortes em programas sociais e repressão a mobilizações populares. Trata-se da maior mobilização do país desde o início do segundo mandato de Trump, que começou em janeiro.
De acordo com a agência de notícias -Presse, os manifestantes de Los Angeles, cidade que foi palco de confrontos contra operações migratórias nos últimos dias, ficaram parados em frente a prédios federais enquanto vaiavam agentes da Guarda Nacional — que foi enviada à cidade da California por Trump para conter protestos.