A traição no casamento continua sendo uma das principais causas de separação e conflitos conjugais no Brasil. Quando a fidelidade é quebrada, surgem sentimentos como raiva, tristeza, vergonha e confusão, que afetam não apenas o casal, mas também a estrutura emocional da família. Especialistas apontam que, além do impacto emocional imediato, o rompimento da confiança pode desencadear inseguranças que permanecem mesmo após o fim da relação.
Diante desse cenário, muitas pessoas buscam apoio para lidar com o trauma e tomar decisões mais conscientes. O Pai de Santo Roberson Dariel, do Instituto Unieb, acompanha casos de relacionamentos em crise há mais de uma década e afirma que o primeiro o é acolher os próprios sentimentos sem se culpar. “A dor da traição é legítima e precisa ser reconhecida. Só depois que a pessoa se escuta com sinceridade é que pode decidir se quer perdoar ou seguir outro caminho”, afirma.

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Segundo Roberson, cada caso exige uma reflexão profunda sobre o vínculo que existia antes da traição, a postura do parceiro após o ocorrido e, principalmente, a capacidade de reconstruir a relação com base em uma nova verdade. Ele reforça que o tempo de decisão é individual e deve ser respeitado, sem pressão de familiares ou opiniões externas.
Sinais de infidelidade conjugal
A infidelidade conjugal raramente acontece sem deixar pistas. Embora algumas pessoas consigam esconder a traição por um tempo, mudanças sutis no comportamento costumam revelar que algo não está certo. Segundo o Pai de Santo do Instituto Unieb, o primeiro sinal é sempre a mudança na energia entre o casal. “Quando há traição, a sintonia muda. O olhar já não é o mesmo, a atenção diminui e a presença física se torna ausente, mesmo quando os dois estão no mesmo ambiente”, afirma.
Além da intuição, atitudes repetitivas também merecem atenção. Alguns comportamentos podem parecer normais à primeira vista, mas, somados, indicam um possível distanciamento emocional e físico. Para quem convive diariamente com o parceiro, esses sinais tendem a se tornar evidentes com o tempo.
Roberson Dariel orienta sobre os sinais comuns de infidelidade conjugal:
- Distanciamento afetivo repentino
- Alterações na rotina sem explicações claras
- Maior uso do celular com senhas ou bloqueios
- Redução da intimidade física e emocional
- Irritação excessiva ou falta de paciência com o parceiro
- Ausência de planos futuros compartilhados
- Interesse repentino por aparência ou estilo de vida
- Dificuldade em manter o diálogo
- Contradições em pequenas histórias
“Esses sinais, quando somados, formam um padrão de afastamento. O erro de muitas pessoas é ignorar esses indícios por medo de encarar a verdade”, completa Roberson.
Como identificar traição no relacionamento?
Nem sempre é fácil identificar uma traição, principalmente quando o parceiro mantém uma postura cautelosa. No entanto, a percepção emocional costuma ser o principal indicador de que algo mudou.
De acordo com o Pai de Santo, um dos sinais mais comuns é quando a pessoa traída sente que não é mais prioridade. “O vínculo se rompe antes do ato físico. Quando o afeto diminui e o interesse some, o relacionamento já está fragilizado”, observa.
A rotina do casal a a ter lacunas, e justificativas vagas começam a fazer parte do dia a dia. Situações simples, como horários que não se explicam ou encontros adiados sem motivo aparente, são pistas que podem levantar suspeitas.
“Traição não é só física. Quando há omissão, segredos e afastamento emocional, o relacionamento já está em desequilíbrio”, explica Roberson.
O que fazer?
Diante da suspeita ou confirmação de uma traição, é comum se sentir perdido sobre como agir. O mais importante nesse momento é evitar decisões impulsivas e buscar um espaço de reflexão. Compreender os próprios sentimentos e avaliar se ainda há disposição para continuar ao lado do parceiro são pontos fundamentais.
O Pai de Santo Roberson Dariel reforça que é possível encontrar clareza mesmo em momentos de dor. “Ninguém precisa carregar sozinho o peso da traição. Buscar orientação e fortalecer sua energia é essencial, especialmente quando há um terceiro envolvido. Nessas situações, é natural que surja a dúvida sobre como afastar rival, e o mais importante é fazer isso com equilíbrio, sem perder a dignidade”, afirma.
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