O pastor Silas Malafaia causou surpresa ao comentar, em suas redes sociais, um episódio recente de repressão a trabalhadores imigrantes nos Estados Unidos. Ao compartilhar um vídeo da ação policial, ele criticou a falta de posicionamento de líderes religiosos norte-americanos e afirmou que “Deus vai cobrar da nação americana e dos pastores essa vergonha”.
Em outro trecho, classificou o episódio como uma “vergonhosa perseguição a imigrantes trabalhadores”. A fala repercutiu não apenas pelo teor da crítica, mas principalmente por contrastar com o discurso que o pastor costuma adotar. Defensor declarado das políticas de Donald Trump, Malafaia já endossou medidas de endurecimento migratório, argumentando a favor da soberania e das leis nacionais.

Pastor Silas Malafaia critica repressão a imigrantes nos EUA: “Vergonhosa perseguição a trabalhadores”/Foto: Reprodução
Nas redes, o novo posicionamento dividiu opiniões. Parte do público demonstrou apoio, parabenizando o líder religioso pela “coerência cristã” ao defender trabalhadores em situação de vulnerabilidade. Outros, no entanto, acusaram o pastor de contradição. “Você tanto defendeu Trump, agora aguenta”, escreveu um seguidor. Houve quem ironizasse “ o dízimo dos deportados”, e quem apontasse hipocrisia: “Não use a Bíblia para justificar ilegalidade”.
Alguns internautas defenderam as ações do governo americano, afirmando que cumprir a lei é necessário e que quem entra ilegalmente no país deve arcar com as consequências. “Não importa se a pessoa trabalha — se entrou ilegalmente, está fora da lei”, comentou um perfil. Outros fizeram críticas diretas: “Pastor, os EUA estão apenas aplicando suas leis. Quem quer viver lá deve se regularizar”.
Ainda assim, Malafaia reforçou que sua crítica se refere à injustiça contra pessoas trabalhadoras e ordeiras, afirmando que há uma diferença clara entre criminosos e quem busca apenas recomeçar a vida. “Não estamos falando de bandidos. É uma perseguição implacável, a gente que só quer trabalhar”, declarou.
Muitos cobraram do pastor uma posição mais clara sobre a relação entre princípios religiosos e respeito às leis. A discussão refletiu, também, o embate frequente entre o discurso religioso e os dilemas éticos que envolvem a política migratória.
Veja o vídeo: