A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) publicou, nesta quinta-feira (29), um novo boletim das arboviroses, com o número de casos de dengue registrados entre as semanas epidemiológicas 1 e 21 de 2025 (de 1º de janeiro a 24 de maio).
Nesse período, o Acre registrou um total de 8.297 casos prováveis de dengue, dos quais 5.149 foram confirmados.
“No Brasil, circulam quatro sorotipos do vírus da dengue: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Cada um desses sorotipos apresenta diferentes características e pode causar formas mais ou menos graves da doença. No Acre, apenas os vírus DENV-1 e DENV-2 foram identificados nas amostras analisadas”, informou a Sesacre.
A secretaria também produziu um levantamento sobre a incidência acumulada de casos prováveis de dengue nos municípios do Acre. Os dados apontam que 14 municípios estão em alta, a saber: Bujari, Capixaba, Manoel Urbano, Porto Acre, Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Feijó, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves, Tarauacá, Assis Brasil e Epitaciolândia.
Em situação de incidência média, estão cinco municípios: Acrelândia, Plácido de Castro, Sena Madureira, Senador Guiomard e Xapuri.
Jordão e Brasiléia apresentam situação favorável, com incidências acumuladas de 40,9 e 50,3 casos por 100 mil habitantes, respectivamente — classificadas como baixas.
Santa Rosa do Purus é o único município com ausência total de casos notificados, mantendo-se sem registros da doença até o momento, conforme informou a Sesacre.
No total:
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63,6% dos municípios estão classificados como de alta incidência;
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22,7% como de média incidência;
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9,1% como de baixa incidência.
Óbitos
Até o momento, três óbitos causados pela doença foram confirmados no estado, mais especificamente nos municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Tarauacá.
Diante desse cenário, o Governo do Estado e diversas prefeituras decretaram situação de emergência em saúde pública, mobilizando ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, incluindo mutirões de limpeza, distribuição de testes rápidos, capacitação de equipes e monitoramento contínuo dos dados.
“A rápida disseminação da doença e os óbitos registrados evidenciam a necessidade de vigilância contínua e ações preventivas para conter o avanço das arboviroses”, finaliza o boletim.