Uma operação conjunta entre a Polícia Civil e a Polícia Militar resultou na prisão de dois adultos, apreensão de três menores e na recuperação de diversos produtos furtados após uma série de arrombamentos no centro de Porto Walter, no Vale do Juruá. A ação, considerada complexa e estratégica pelas autoridades, foi deflagrada após uma denúncia anônima recebida pelo policial civil Cruz, que imediatamente acionou as equipes da Polícia Militar, sob o comando do Tenente Pedrosa.
Segundo o Capitão Thales Campos, subcomandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, a operação teve início na madrugada do dia 13 e se estendeu por cerca de 12 horas. “Foi uma ocorrência bastante integrada entre policiais militares e civis. A denúncia anônima chegou ao investigador Cruz, que reou a informação ao Tenente Pedrosa e às equipes de Porto Walter. A partir disso, foi feita uma atuação bastante cirúrgica que culminou na prisão de dois indivíduos maiores e apreensão de três menores”, relatou o capitão.
Os criminosos utilizaram duas embarcações para cometer furtos qualificados em pelo menos quatro estabelecimentos comerciais, incluindo lojas de roupas e eletrônicos. De uma loja de celulares, foram levadas cerca de seis caixas de som e dez fones de ouvido. Em outra, especializada em roupas, os prejuízos ultraam R$ 30 mil. Ainda há levantamento em andamento para identificar todos os bens subtraídos.
Durante as diligências, um indivíduo conhecido pelo vulgo de “Coringa”, com mandado em aberto por organização criminosa, foi flagrado transportando parte da mercadoria furtada para as embarcações. Outras três pessoas também estavam envolvidas nesse deslocamento. As buscas seguiram até um ramal conhecido como Restinga, onde os policiais encontraram outro integrante do grupo escondido na mata com mais objetos furtados. Ele confessou estar aguardando os comparsas em um acampamento improvisado para dividir o material.
Além dos produtos recuperados, as equipes localizaram duas embarcações de alumínio com motores, que também podem ser fruto de furto. A Polícia Civil segue com a investigação para confirmar a procedência dos objetos e concluir o inquérito, que será encaminhado à Justiça do Acre.
O Capitão Thales destacou ainda o empenho dos policiais: “Foi uma operação complexa, com apoio inclusive de policiais que estavam de folga, e que atuaram de forma excepcional. Nosso objetivo é continuar enfrentando a criminalidade e garantindo a paz social para a população do Vale do Juruá.”
Apesar de não terem sido encontradas armas de fogo com os criminosos, há indícios de que o grupo estivesse armado durante os crimes. As autoridades seguem apurando e reforçam o papel da população no envio de denúncias anônimas, que são fundamentais para a atuação das forças de segurança.