A federação do Progressistas com o União Brasil, oficializada na semana ada, consolidando o grupo chamado União Progressistas, promete boas conquistas a nível nacional, como o aumento do fundo partidário e maior unidade no Congresso Nacional, mas deixa o cenário mais difícil no Acre quando o assunto é a eleição de 2026.
Isso porque o grupo terá um número de candidatos eleitos inferior ao que tinha quando os dois partidos não estavam federados. A informação foi dada pelo deputado e presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Nicolau Júnior (PP), em entrevista concedida ao ContilNet.
O parlamentar avaliou como positiva a conquista da federação, mas afirmou que o cenário fica mais difícil para 2026.
“Nacionalmente, ficou muito forte. É importante. Mas no Acre é diferente. É ruim porque a gente perde 9 vagas, né? Cada partido tem 9 vagas aqui no Acre. Quando você faz federação, você perde as 9 que cada partido tinha e fica só com 9”, informou o político.
“O PP tinha 9 e o União Brasil tinha 9. Agora, fica mais difícil. Deve ficar quem tem mandato porque já tem nome. Mas a política é boa por isso, ela muda”, concluiu.
Na Aleac, a federação acomoda 5 dos 24 deputados, que são: Manoel Moraes (Progressistas), Nicolau Júnior (Progressistas), Maria Antônia (Progressistas), Gilberto Lira (União) e Whendy Lima (União).
A aliança já contempla 75% da bancada federal do Acre, tendo em seu bojo os deputados Zezinho Barbary (PP), Socorro Neri (PP), José Adriano (PP), Coronel Ulysses (UB), Eduardo Velloso (UB) e Meire Serafim (UB). Apenas Roberto Duarte e Antônia Lúcia, ambos do Republicanos, estão de fora.
A situação também se repete no Senado Federal, pois a aliança tem dois dos senadores que representam o Acre: Alan Rick (UB) e Márcio Bittar (UB), que está prestes a migrar para o Partido Liberal (PL), assim que a janela partidária permitir.
Juntos, nacionalmente, os dois partidos somam 109 deputados e 14 senadores. A nova configuração deve impactar o equilíbrio das forças no Congresso. No Senado, a federação terá o mesmo número de integrantes que o PL e o PSD.
Federações partidárias são um modelo de aliança que une duas ou mais siglas. As legendas am a atuar como uma só por, no mínimo, quatro anos, embora cada uma mantenha sua estrutura partidária. Deve haver alinhamento no Congresso e nas eleições.