1 de junho de 2025

Ex de Paulo Cupertino relata agressões e acusa réu de matar ator Rafael Miguel

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Em depoimento realizado nesta quinta-feira (29/5), Vanessa Tibcherani, ex-companheira de Paulo Cupertino, rompeu o silêncio no julgamento que apura o triplo homicídio que abalou o país em 2019. Ao juri, Vanessa relatou ter sido vítima de agressão física e psicológica sofridos ao longo do relacionamento, e apontou, de forma categórica, o ex-companheiro como autor do assassinato do ator Rafael Miguel, de 22 anos, e de seus pais, João Alcisio e Miriam Selma, ambos com 50 anos.

A tragédia, que se desenrolou na Zona Sul de São Paulo, foi motivada, segundo denúncia do Ministério Público, pela recusa de Cupertino em aceitar o namoro entre Rafael e sua filha, Isabela Tibcherani, então com apenas 18 anos. Movido por ciúmes e fúria, ele teria executado, à queima-roupa, o jovem e seus pais, quando estes se dirigiram à residência da família para uma tentativa de diálogo civilizado.

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Filha de Cupertino diz em júri que pai a prendeu por 8 meses ao saber de Rafael Miguel
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Isabela, filha de Cupertino, durante depoimento no júriReprodução
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Filha de Cupertino diz em júri que pai a prendeu por 8 meses ao saber de Rafael MiguelReprodução

Durante o depoimento, Vanessa afirmou que Cupertino assassinou “três pessoas a sangue frio” e afirmou acreditar que ele cometeu o crime, já que ele bateu nela a “vida inteira”. “Imagina o que ele faria com estranhos?”. Vanessa também descreveu Cupertino como um de personalidade violenta e dominadora. “Eu vivi sob o jugo dele, prisioneira de sua agressividade”, declarou à corte, reforçando o retrato de um comportamento controlador que, segundo ela, culminou no crime hediondo.

O depoimento de sua filha, Isabela, corroborou a narrativa da mãe. A jovem relatou ter sido privada de celular, liberdade e qualquer contato com o mundo exterior, após Cupertino descobrir o namoro.

Em sua defesa, Paulo Cupertino negou ser o autor dos disparos. Alegou ter presenciado outra pessoa cometer o crime, embora não tenha conseguido identificar o suposto assassino. Em carta enviada à Justiça, reafirmou sua inocência e criticou a ampla repercussão midiática do caso, que, segundo ele, contaminou a opinião pública e minou seu direito a um julgamento imparcial.

“Impossível eu ter cometido esse crime. Não tinha motivo, nunca existiu crime premeditado”. Ficou nervoso em alguns momentos e precisou ser interrompido pela própria advogada. “Mesmo no colchão fino da prisão, durmo bem, porque não me vem a imagem de eu matando Rafael, Miriam ou João”, afirmou Paulo.

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