2 de junho de 2025

Dia do Combate à LGBTfobia: 17 de maio celebra luta contra discriminação

O presidente da associação dos homossexuais do Acre destacou a importância da data

Neste sábado, 17 de maio, celebra-se o Dia Internacional contra a LGBTfobia, uma data de extrema relevância para reforçar a luta contra todas as formas de discriminação voltadas às pessoas LGBTQIAPN+. A data marca um avanço histórico: em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou o termo “homossexualismo” da Classificação Internacional de Doenças (CID), reconhecendo oficialmente que a homossexualidade não é uma doença.

No dia 17 de maio é comemorado o Dia Internacional contra a LGBTfobia/Foto: Reuters/Marton Monus

Para Germano Marino, presidente da Associação de Homossexuais do Acre (Ahac), este dia representa um marco importante na luta por respeito, dignidade e garantia de direitos. “Até então, antes de 1990, a homossexualidade era considerada um transtorno. Isso dava margem para práticas como a chamada ‘cura gay’, que hoje repudiamos com veemência. Essa data é para lembrar e reforçar mundialmente que pessoas LGBTQIAPN+ não são doentes, e sim cidadãos e cidadãs que merecem dignidade e respeito, com direitos assegurados pela Constituição”, afirma Marino.

No Acre, a luta por visibilidade e igualdade também está marcada na legislação estadual. A Assembleia Legislativa aprovou uma lei que reconhece o 17 de maio como o Dia Estadual da Valorização da Diversidade Sexual, uma iniciativa que fortalece as ações de enfrentamento à LGBTfobia no estado. Segundo Marino, a data é um momento de mobilização para promover o respeito à diversidade, combater o preconceito e desconstruir estigmas.

“Ainda enfrentamos altos índices de violência contra pessoas LGBTQIAPN+. O Brasil segue como um dos países com maiores índices de intolerância e violações de direitos humanos contra essa população na América Latina. Por isso, é fundamental que essa data não e em branco”, alerta.

Diversas instituições e movimentos sociais realizam nesta semana atividades de conscientização, rodas de conversa, manifestações culturais e ações de enfrentamento à discriminação. “É uma data de luta e resistência, mas também de afirmação. Estamos aqui para dizer que nossas existências importam”, conclui Germano.

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