Maria Andreza, natural de Sergipe, chegou ao Acre em fevereiro de 2025 para assumir a Serventia de Assis Brasil, município na fronteira com o Peru. Aos 30 anos, ela traz uma trajetória construída com estudo e influência familiar.

Maria Andreza será a responsável pelo cartório de Assis Brasil/Foto: Cedida
Seu contato com os cartórios começou aos 18 anos, quando teve o primeiro emprego na área, incentivada pelo pai, corretor de imóveis com mais de 30 anos de atuação na área extrajudicial.
“Foi ele quem me apresentou esse mundo. Desde então, senti que aquele podia ser o meu caminho. Mais que uma profissão, era uma forma de me conectar com algo que ele valorizava”, relata.
Ao longo do tempo, Maria Andreza formou-se em Direito e concluiu duas pós-graduações: uma em Direito Processual Civil e outra em Direito Notarial e Registral. Atuou por seis anos como assessora no Tribunal de Justiça de Sergipe, onde acompanhou correições em cartórios. Essa experiência contribuiu para fortalecer sua decisão de seguir na área.
“A cada visita, a cada análise, compreendi o papel dos cartórios: estar próximos das pessoas, resolver demandas e dar forma e segurança a direitos.”
Em 2020, uma conversa com a amiga Núbia Soares, também registradora e titular da serventia de Porto Acre, serviu como estímulo para iniciar a preparação para concursos. Maria Andreza começou a prestar provas em 2021. Após algumas reprovações e aprovações, foi classificada nos concursos de Tocantins, Alagoas e Acre.
Na chegada ao Acre, encontrou receptividade. “Os servidores do Tribunal de Justiça do Acre nos receberam bem, e a população tem sido colaborativa. Como a família do meu esposo é do estado, a adaptação ocorreu de forma tranquila”, afirma.
A aprovação coincidiu com um momento de perda. Seu pai faleceu em maio de 2024, pouco antes da nomeação. Como forma de lembrança e reconhecimento, ela rebatizou a serventia como Cartório Andrade, em referência ao sobrenome paterno. “Foi a forma que encontrei de manter a presença dele na minha trajetória.”
Hoje, Maria Andreza segue sua atuação na região, determinada a contribuir com o serviço extrajudicial. “Estou preparada para o que está por vir e consciente do caminho percorrido.”