O ator Marcelo Faria participou do programa “Sem Censura”, da TV Brasil, e aproveitou a ocasião para fazer um forte desabafo sobre como as redes sociais estão influenciando o “valor dos profissionais”, inclusive no meio artístico. Com uma carreira que atravessa mais de três décadas na televisão, teatro e cinema, o ator questionou o atual peso dado ao número de seguidores para que artistas tenham o seu trabalho valorizado.
“Quer dizer que porque eu não tenho um milhão de seguidores, o Marcelo Faria deixou de ser o Marcelo Faria? O trabalho que você tem como ator consolidado se apaga porque você não tem milhões de seguidores?”, pergunta. Filho do conceituado ator Reginaldo Faria, Marcelo ainda comparou com outras profissões, como oftalmologistas que não têm presença on-line. “É a mesma coisa que uma oftalmo que não tem um milhão de seguidores. Ela não tem clientes?”.
“Tenho 630 mil e alguma coisa. E eu não sou um cara que ficou ali alimentando o Tamagotchi, como a minha prima Ingria Guimarães falou. Você tem que alimentar o Tamagotchi todo dia… Mas, gente, me dá uma preguiça. Quer dizer que tudo que eu fiz nesses 40 anos se apaga?”, completou o ator.
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Trajetória
A estreia de Marcelo Faria na televisão ocorreu em 1984, com uma participação na minissérie A Máfia no Brasil, protagonizada por seu pai. No entanto, foi em 1989 que ganhou destaque ao integrar o elenco da novela Top Model. O reconhecimento nacional veio em 1994, com o personagem Ralado na novela Quatro por Quatro. Desde então, Marcelo participou de diversas produções de sucesso, como “O Amor Está no Ar”, “Corpo Dourado”, “Vila Madalena”, “Celebridade”, “Alma Gêmea”, “Beleza Pura”, “Escrito nas Estrelas”, “Malhação” e “Sol Nascente”.
No teatro, destacou-se na montagem de Dona Flor e Seus Dois Maridos, onde interpretou Vadinho, papel que também levou ao cinema em 2017. Além de atuar, Marcelo tem se dedicado à produção teatral, como na peça “O Cravo e a Rosa”, em que optou por não atuar, escolhendo outro ator para o papel principal.