23 de maio de 2025

Acre tem quase 50% de sua população endividada, com valores médios que superam R$ 1,5 mil

Números fazem parte de plataforma financeira que analisou os inadimplentes de todo o país

De cada dez acreanos, a média de 4,5 está endividada com dívidas com valor médio de R$ 1,5 mil. Com esse índice, o Acre está dentro da média nacional, em que quase cinco em cada dez brasileiros adultos estão inadimplentes, segundo mostra estudo da Pagou Fácil, plataforma da financeira Paschoalotto, que analisou informações de inadimplentes no país.

Números fazem parte de plataforma financeira que analisou os inadimplentes de todo o país/Foto: Reprodução

De acordo com o levantamento, feito a partir de dados próprios e de outras fontes, como o Serasa, o Brasil tinha 75,7 milhões de inadimplentes em março, o que equivale a 46,6% da população adulta do país. Na comparação com março de 2024, houve aumento de 2,8 milhões de endividados, cerca de 3,8%. O levantamento aponta que os inadimplentes são pessoas que têm dívida aberta, não necessariamente que estão com nome inscrito no Serasa ou no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).

Quando a análise é feita por estados, o Amapá aparece com a maior proporção de endividados, com 61,8%, na mesma tabela por cada dez habitantes adultos. Em seguida vem o Distrito Federal, com 60,1%; Rio de Janeiro, com 55,6%; Amazonas (54,5%) e Mato Grosso do Sul (54,1%); Tocantins com 51%; e Mato Grosso, com 50,15%; Goiás com 50,12%; o Amazonas com 54,51%; o Mato Grosso do Sul com 54,15%; Mato Grosso com 50,15%; e Roraima com 50,8%. Os outros estados, onde se posiciona o Acre, ficam na média acima de 45 pontos percentuais.

Os estados que têm a menor proporção de endividados estão no Nordeste e no Sul do país, onde Santa Catarina é o que detém a menor taxa, com 36,52%, seguido por Piauí (37%), Espírito Santo (41,5%) e Rio Grande do Sul (41,6%).

A pesquisa estima que o valor médio das dívidas no país seja de R$ 1.588 mil, com valor total estimado de R$ 438 bilhões, aumento de 13% em relação a março de 2024. Avaliação do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) informa que a tendência é de crescimento do endividamento, que se mantém em patamar elevado no país desde a pandemia.

A inflação, com alta de 12 meses encerrados em abril acumulada em 5,53%; a taxa básica de juros, elevada para 14,75% pelo Banco Central, maior patamar em quase 20 anos; e os sinais de desaceleração da atividade econômica no país, diz a FGV, pressionam o orçamento das famílias, aumentam a inadimplência e dificultam a redução do endividamento.

O levantamento Paschoalotto ainda mostra que a maior parte das dívidas (28,5%) está ligada a bancos e cartões de crédito, seguido de gastos com contas básicas, como água, luz e gás (20,6%), serviços diversos (19,1%) e financeiras (11,2%). O endividamento pela utilização do cartão de crédito é mais intenso no Brasil e o crédito se tornou complemento de renda para muitas famílias.

Dados da oitava edição do Raio X do Investidor Brasileiro, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e do Datafolha mostram que cerca de 23 milhões de brasileiros apostam em bets, ante 10 milhões e 9 milhões que investem em Certificados de Depósito Bancário (CDB) e fundos de investimentos, respectivamente.

De acordo com o levantamento, a proporção de inadimplentes no país é de 46,60%. Reunidas, as dívidas dos brasileiros chegam a R$ 438 bilhões, diz o levantamento.

PUBLICIDADE

Bloqueador de anuncios detectado

Por favor, apoie-nos desativando sua extensão AdBlocker de seus navegadores para o nosso site.