Motociclista bate na traseira de um carro enquanto dava grau; veja vídeo

O acidente gerou apenas um curto momento de tensão

Um motociclista que realizava a manobra conhecida como “grau” colidiu com um carro em uma via de Linhares, no Espírito Santo. Embora o impacto tenha sido considerável, os envolvidos não sofreram ferimentos graves. Além disso, nenhum deles chamou a polícia ou o serviço de emergência, o que chamou atenção dos moradores locais.

Motociclista bate na traseira de um carro enquanto dava grau/Foto: Reprodução

Após o susto, veio o improviso: acerto no meio da rua

Segundo relatos de testemunhas, o acidente gerou apenas um curto momento de tensão. Em seguida, as partes envolvidas permaneceram no local por cerca de 30 minutos. Durante esse período, os familiares do motociclista chegaram e, conforme afirmou o comerciante José Ademir Largura, todos conversaram de maneira pacífica. “Eles resolveram ali mesmo, parece que entraram num acordo”, relatou. Ou seja, apesar do risco e da colisão, ninguém buscou formalizar o ocorrido.

O grau como símbolo de liberdade ou de imprudência?

Por um lado, a prática do “grau” tem crescido entre jovens motociclistas, impulsionada pelas redes sociais e por um sentimento de liberdade. No entanto, do ponto de vista legal, a manobra é considerada uma infração gravíssima pelo Código de Trânsito Brasileiro. Ainda assim, muitos a realizam em vias públicas, sem qualquer preocupação com as consequências. Segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), cerca de 12 mil motociclistas morrem por ano no Brasil — muitos deles envolvidos em ações de risco como essa.

Quando não se registra, o problema desaparece?

Na prática, acidentes sem registro oficial não entram nas estatísticas. Isso significa que o Estado deixa de reconhecer o problema. Além disso, sem boletins de ocorrência ou perícias técnicas, as autoridades não conseguem propor soluções eficazes. Assim, o ciclo se repete: a negligência vira norma, e a prevenção fica em segundo plano. Enquanto isso, as ruas seguem sendo palco de imprudência, e os acordos informais substituem a ação institucional.

Perguntas frequentes

Por que tantos jovens optam por manobras perigosas, mesmo cientes dos riscos?

Buscam emoção, aprovação social e visibilidade nas redes.

O que leva as vítimas a não acionarem as autoridades após um acidente?

Tentam evitar punições ou confiam mais em acordos imediatos.

Como podemos transformar esses registros invisíveis em ações concretas?

Incentivando a denúncia, cobrando fiscalização e valorizando a educação no trânsito.

PUBLICIDADE

Bloqueador de anuncios detectado

Por favor, apoie-nos desativando sua extensão AdBlocker de seus navegadores para o nosso site.