Uma representação de professores aposentados da Secretaria de Estado de Educação (SEE) ocupou a galeria da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) durante a sessão desta terça-feira (1º), reivindicando dos deputados estaduais a aprovação de uma lei que possa restabelecer o pagamento de 10% sobre o valor de suas aposentadorias na estrutura da tabela do plano de classificação de cargos e salários da categoria. Os manifestantes se apresentam, pela condição de aposentados, como os “cabeças brancas” da Educação.
A manifestação é apoiada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Acre (Sinteac), cuja presidente, professora Rosana Nascimento, espera pressionar os deputados a reverem a posição tomada pela Assembleia em legislatura anterior. “A retirada desse valor do contracheque dos aposentados foi feita a pedido do governador Gladson Cameli, e nós queremos que o governador e os deputados de sua base de apoio aqui na Assembleia revejam o que consideramos ser uma injustiça”, disse Rosana Nascimento.
O caso foi levado à tribuna da Aleac pelo líder da oposição na Casa, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), que pediu o apoio de seus colegas para regularizarem a proposta e corrigirem a tabela. “Não por acaso, aquela medida foi tomada há três anos, no dia 1º de abril de 2022, no Dia da Mentira”, criticou. Magalhães obteve o apoio da deputada Michele Melo (PDT).
Na tribuna, o governador Gladson Cameli foi defendido pelo deputado Afonso Fernandes (Solidariedade), que faz parte da base de apoio ao Governo do Estado na Aleac. Ele afirmou que é preciso reconhecer que Gladson Cameli é um governador que já deu demonstrações de seu compromisso com a educação e seus servidores, seja pela realização de concurso, seja pela busca de um pagamento justo. “O governador está sendo injustiçado quando é atacado desta forma”, afirmou Afonso Fernandes.
Rosana Nascimento, presidente do Sinteac, disse ainda que, por enquanto, a mobilização da categoria ocorre apenas nas redes sociais e na Aleac, aguardando o posicionamento do Governo sobre o assunto até o mês de maio deste ano. “Se até lá não houver resposta, vamos ocupar a Aleac até que essa injustiça seja corrigida”, afirmou Rosana Nascimento.