22 de maio de 2025

Assédio moral no trabalho: a violência silenciosa que adoece e destrói carreiras que precisa ser combatida

Gritos, humilhações, exclusão e intimidações caracterizam uma prática que fere a dignidade e pode ser indenizada

O assédio moral no ambiente de trabalho é uma violência silenciosa que, infelizmente, ainda persiste em muitas empresas. Trata-se de uma conduta abusiva, repetitiva e prolongada que visa humilhar, desestabilizar e/ou isolar o trabalhador, comprometendo sua dignidade, saúde mental e desempenho profissional.

Essa forma de violência no trabalho pode se configurar de diversos modos, como exemplos: o isolamento intencional para forçar o trabalhador a deixar o emprego; o desprezo do chefe sobre tudo o que o empregado faz; gritos, xingamentos e/ou “brincadeiras” ofensivas; criar um ambiente de medo com constantes advertências ou insinuações de demissão; atribuições de tarefas sabidamente impossíveis para provocar sensação de inutilidade.

As consequências são sérias: ansiedade, depressão, estresse, queda de produtividade e, em casos mais graves, o afastamento do trabalho por motivos de saúde / Reprodução

As consequências são sérias: ansiedade, depressão, estresse, queda de produtividade e, em casos mais graves, o afastamento do trabalho por motivos de saúde. Além disso, o ambiente organizacional se deteriora, afetando até mesmo quem não é alvo direto do assédio.

O ofendido, via de regra, é o empregado, o que autoriza o trabalhador a rescindir o contrato e pleitear a devida indenização, conforme o art. 483 da CLT.

As novas ações recebidas pelo Judiciário nos últimos anos, a respeito do tema, cresceram. Entre 2020 e 2023, mais de 419 mil ações sobre assédio moral e sexual foram julgadas pela Justiça do Trabalho.

Laís Martins/Foto: Arquivo pessoal

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Diante desse cenário, é imperativo que as empresas adotem políticas eficazes de prevenção e combate ao assédio moral, promovendo um ambiente de trabalho saudável e respeitoso. Os trabalhadores, por sua vez, devem estar atentos aos seus direitos e buscar apoio jurídico quando necessário.

Falar sobre assédio moral é romper o silêncio. É dar voz a quem sofre calado. É lembrar que o ambiente de trabalho deve ser um espaço de respeito, crescimento e dignidade, nunca de humilhação.

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