O jejum intermitente tem ganhado cada vez mais espaço entre as estratégias alimentares adotadas por quem busca emagrecimento e melhora da saúde metabólica. Mas o que acontece, de fato, no organismo quando ficamos longos períodos sem comer? Vamos entender melhor os processos que ocorrem no corpo durante o jejum e quais os impactos dessa prática.
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O que acontece no corpo durante o jejum?
Nos primeiros momentos após a última refeição, o organismo ainda utiliza a glicose disponível no sangue como principal fonte de energia. No entanto, após algumas horas sem ingestão alimentar, os estoques de glicogênio do fígado começam a ser utilizados para manter os níveis de glicose e fornecer energia para as células.
Com o ar do tempo, por volta de 12 a 16 horas de jejum, o corpo entra em um estado metabólico chamado cetose, onde a principal fonte de energia a a ser a gordura armazenada. Nesse momento, os ácidos graxos são convertidos em corpos cetônicos, que servem como combustível para o cérebro e outros tecidos.
Benefícios potenciais do jejum intermitente
Estudos sugerem que o jejum intermitente pode trazer diversos benefícios para a saúde, como:
- Melhora da sensibilidade à insulina: Redução da resistência à insulina, auxiliando no controle do açúcar no sangue e na prevenção do diabetes tipo 2.
- Apoio ao emagrecimento: Favorece o uso da gordura corporal como energia, contribuindo para a perda de peso e redução da gordura visceral.
- Redução da inflamação: Pode diminuir marcadores inflamatórios no organismo, reduzindo o risco de doenças crônicas.
- Aumento da autofagia: Processo celular que auxilia na renovação e reparo celular, podendo ter impacto na longevidade e na prevenção de doenças neurodegenerativas.
Quem deve ter cautela ao adotar o jejum intermitente?
Apesar dos benefícios, o jejum intermitente não é indicado para todos. Pessoas com histórico de transtornos alimentares, gestantes, lactantes, diabéticos em uso de insulina e indivíduos com doenças crônicas devem ter acompanhamento profissional antes de iniciar essa prática.
Além disso, é fundamental que o jejum seja feito de forma estruturada, com um plano alimentar adequado, evitando déficits nutricionais e garantindo que todas as necessidades do organismo sejam atendidas.
O jejum intermitente pode ser uma estratégia interessante para quem deseja melhorar a saúde metabólica e o emagrecimento. No entanto, como qualquer abordagem nutricional, deve ser personalizado e acompanhado por um profissional capacitado para garantir que seja feito de maneira segura e eficiente.
Se você pensa em adotar o jejum intermitente, consulte um nutricionista para orientações personalizadas e adequadas às suas necessidades individuais.
Escrito por Luana Diniz, nutricionista clínica esportiva. Confira mais dicas na coluna Nutrição em Pauta .
Nutricionista e atleta, formada pela Universidade Federal do Acre, pós-graduada em nutrição clínica esportiva. Trabalha com atendimento clínico nutricional em parceria com a loja de suplementos Be Strong Fitness e é colunista do ContilNet em assuntos sobre alimentação e sua correlação com saúde e bem-estar.
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