22 de maio de 2025

Sem a máquina, mas com estratégia: Alan Rick pode surpreender em 2026?

Veja tudo sobre o cenário político acreano na coluna Bastidores da Política

Quando se fala em política no Acre, sabemos o quanto a roda gira e as alianças mudam de rumo. Um exemplo claro disso é a situação do senador Alan Rick (UB), que já teve prestígio e influência no governo, mas hoje se encontra isolado, sem os cargos que antes controlava na gestão estadual.

Alan Rick. Foto: Reprodução

Atualmente, seu principal apoio para uma eventual candidatura ao governo do Acre em 2026 vem do deputado federal Roberto Duarte (REP). O deputado estadual Emerson Jarude (NOVO), que o apoiou na eleição para o Senado em 2022, também é uma possibilidade. No interior, Alan conta com o prefeito de Capixaba, Manoel Maia (UB), e a prefeita de Senador Guiomard, Rosana Gomes (PP), que, apesar de ser correligionária da vice-governadora Mailza Assis (PP), não a apoiará devido a questões familiares. Além deles, há rumores de que o prefeito de Acrelândia, Olavinho Boiadeiro (REP), também esteja alinhado com Alan. Outra possível adesão é a do prefeito de Sena Madureira, Gerlen Diniz (PP), que estaria insatisfeito com o governo e sinalizando um distanciamento.

No entanto, em uma eleição, quantidade e qualidade de aliados fazem a diferença. Até 2026, Alan Rick não pode se apoiar apenas nas pesquisas que, por ora, o favorecem, nem em pequenos colégios eleitorais e no respaldo de dois deputados. Para chegar ao Palácio Rio Branco, precisará ampliar significativamente sua base de apoio. E quando o adversário tem a máquina pública nas mãos, como será o caso da vice-governadora Mailza Assis (PP), a disputa se torna ainda mais complexa.

No entanto, não se pode subestimar a habilidade de Alan em articular apoios. Em 2022, na disputa pelo Senado, ele também começou isolado e com um grupo tímido de aliados – em sua maioria, oriundos do próprio governo. Ainda assim, contrariando as expectativas, Alan foi eleito senador, superando candidatos com estruturas muito mais robustas, como o então secretário de Esportes, Ney Amorim (POD), que contava com o respaldo do governador Gladson Cameli (PP), e Márcia Bittar (POD), apoiada pelo ex-marido, o senador Marcio Bittar, além de diversos prefeitos do interior.

JOGADA ARRISCADA

Na política, ninguém se lança candidato sem antes alinhar estratégias com seu grupo e possíveis aliados. Nos últimos dias, voltou a circular o nome do prefeito Tião Bocalom (PL) como possível candidato ao governo. No entanto, para entrar na disputa, ele precisaria abrir mão do comando da prefeitura. A questão é: que garantia Bocalom teria de que seu vice, Alysson Bestene (PP) — aliado fiel do governador Gladson Cameli (PP) — não seguiria outro rumo e, em vez de apoiá-lo, reforçaria o projeto do próprio governo?

Alysson ao lado do prefeito Bocalom/Foto: Cristian Raphael/ContilNet

INDEFINIDO

Nos bastidores, comenta-se que, apesar de estar bem acomodado no governo com diversos cargos, o senador Márcio Bittar (UB) teria dito à vice-governadora Mailza Assis (PP) que, por enquanto, não pode declarar apoio a sua candidatura. A hesitação levanta questionamentos: lealdade estratégica ou espaço para novas negociações?

ABRE O OLHO, BITTAR!

No último fim de semana, o senador Sérgio Petecão (PSD) esteve em agenda com o governador Gladson Cameli (PP) e a vice-governadora Mailza Assis (PP). E se essa aproximação evoluir para uma aliança firme? Caso o cenário mude, para onde correrá Bittar?

FORTALECENDO LAÇOS

Após cumprir agendas em Marechal Thaumaturgo, a vice-governadora Mailza Assis (PP) marcou presença no 1° Ameacre Mulher, encontro que juntou mais de 200 pastoras, ministras e lideranças evangélicas de todo o Acre na sede da Igreja Assembleia de Deus AD Brás Madureira, em Rio Branco.O evento reforça ainda mais a força de Mailza no nicho religioso.

MARA ROCHA

A ex-deputada Mara Rocha (NOVO) também esteve presente no evento da AMEACRE, onde começou a intensificar suas articulações, especialmente no meio evangélico, visando sua candidatura ao Senado em 2026.

DIA DE CELEBRAR

Ontem, 24 de fevereiro, celebramos os 93 anos da conquista do voto feminino no Brasil. Em 1932, as mulheres brasileiras conquistaram o direito de votar e serem votadas, um marco histórico que representou não apenas uma vitória para a igualdade de gênero, mas também um avanço para a democracia no país. Essa conquista é fruto da luta incansável de mulheres corajosas que desafiaram as barreiras sociais e políticas da época, abrindo caminho para as gerações futuras.

PROBLEMA RECORRENTE

O final de semana foi complicado para diversos bairros de Rio Branco, onde as fortes chuvas do inverno amazônico provocaram o transbordamento de igarapés, causando prejuízos e danos à população. O maior agravante da situação foi o entupimento de bueiros devido ao acúmulo de lixo, o que dificultou o escoamento das águas e agravou as inundações.

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