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Pimenta: caberá a Bittar, mais uma vez, unir a direita no Acre após lideranças racharem 4x5236

Por Matheus Mello, ContilNet e4z52

No ano ado, quando os partidos de Direita estavam totalmente rachados em Rio Branco, um nome foi capaz de uni-los mais uma vez – apesar de toda a discordância entre eles -. O senador Marcio Bittar pode se orgulhar de ter conseguido tal feito.

Coube a ele arranjar espaço no PL para abrigar o recém-expulso do Progressistas, o prefeito Tião Bocalom, que meses depois, acataria a indicação de vice-prefeito do partido que lhe expulsou. 

Gladson, Bocalom e Bittar/Foto: Reprodução

Bittar, como um pai experiente, para resolver as rusgas dos filhos, colocou todos em uma salinha, iniciou a lavagem de roupa e fez cada um se acertar para conseguir colocar as diferenças de lado e se unir na disputa pela prefeitura de Rio Branco.

Ele simplesmente uniu os três maiores partidos da direita no país: PL, Progressistas e União Brasil. 

Um novo desafio 

Agora, os olhos se viram para uma outra eleição. E, mais uma vez, a direita tem pelo menos três candidatos: Alan Rick, Mailza Assis e Tião Bocalom.

Além de se preocupar com sua reeleição, Bittar também vai precisar colocar todos os seus dons de articulação política para resolver o imbróglio da disputa pelo Governo. Com Gladson deixando o cargo para concorrer ao Senado Federal, Bittar quer a 2ª vaga na chapa e conseguir um consenso entre os outros políticos conservadores.

Bittar chegou a dizer que a candidatura de Alan Rick era a mais consistente. Meses depois, mudou o discurso e começou a envergar para o nome de Mailza Assis. Sem um nome definido, ele disse que vai lutar, mais uma vez, para unir os partidos de direita em 2026.

“É natural também que qualquer outra pessoa da nossa equipe lute para ser o candidato a governador. A discussão entre o PL, o PP e o União Brasil é democrática. Ainda falta um ano e meio para a eleição”, chegou a dizer em coletiva de imprensa na última semana.

Missão mais difícil 

Não estou aqui querendo questionar a capacidade de articulação do senador Marcio Bittar, mas 2026 é uma história muito mais complexa e que envolve um jogo político incerto.

Em 2024, Bittar, ainda no União Brasil, tinha poder de decisão mais visível e conseguiu dialogar com seus correligionários – tanto no Acre, quanto nacionalmente -. Contudo, o senador já está de malas prontas para o PL, do ex-presidente Bolsonaro e do prefeito Tião Bocalom. 

Conseguir dialogar com as lideranças do União Brasil ficará mais difícil. Principalmente pelo fato de que o partido – a nível nacional -, anunciou que apoia a candidatura de Alan Rick ao Governo. Vale lembrar ainda que o nome do senador já tem o apoio de outras duas siglas grandes: Republicanos e MDB. 

Outro ponto 

Um outro ponto importante de relembrar é que não foi Bittar que conseguiu trazer Alan Rick para o palanque de Tião Bocalom em 2024. Isso só aconteceu por conta da amizade de Alan com Alysson Bestene, vice-prefeito na chapa.

Ou seja, fazer com que Alan desista de disputar o Governo e se una com PL e PP é a missão quase impossível de Bittar.

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