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Garoto morre após injetar na perna líquido com água e restos de borboleta e5vq

Por G1 j4m36

Um adolescente de 14 anos morreu um dia após dar entrada no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC), no sudoeste da Bahia. Segundo o pai do garoto, antes de morrer, o filho contou para a médica que amassou uma borboleta, misturou os restos do inseto com água e usou uma seringa para injetar o líquido na perna. O caso é apurado pela Polícia Civil (PC).

Davi Nunes Moreira morreu na quarta-feira (12). Ainda de acordo com o pai, o garoto comprou a seringa na farmácia. Ele não explicou o motivo de ter amassado a borboleta e injetado o líquido na perna.

Segundo especialistas, a manipulação de fluidos biológicos de insetos pode representar riscos sérios à saúde do ser humano. As borboletas, por exemplo, têm substâncias tóxicas que funcionam como mecanismo de defesa contra predadores.

O primeiro sintoma apresentado pelo adolescente foi um machucado na perna. Uma semana antes da internação, o pai do adolescente percebeu que o filho mancava e, ao questioná-lo, ouviu que ele havia se machucado enquanto brincava.

Davi Moreira morreu após ser internado em cidade na Bahia. Ele contou que amassou uma borboleta e injetou na perna o líquido que saiu do inseto — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O pai levou Davi o Hospital Municipal de Planalto, onde eles moravam, depois que o menino vomitou. Davi ficou sete dias internado lá e, depois, foi transferido para o Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC), na mesma região do estado.

Após a morte do filho, quando foi arrumar a casa, o pai do adolescente encontrou a seringa citada pelo menino embaixo do travesseiro. O velório e enterro de Davi aconteceu na sexta-feira (14).

Em contato com o g1, o delegado Roberto Júnior, coordenador regional da PC, informou que o caso foi registrado na Delegacia de Planalto da forma como o pai relatou. Eles aguardam o resultado do laudo cadavérico, que tem um prazo inicial de 30 dias para ficar pronto, para concluir o que aconteceu.

A reportagem também procurou a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), responsável pelo HGVC, que informou que não divulga detalhes sobre os pacientes, seguindo determinação do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Ministério Público (MP).

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