30 de maio de 2025

Cientistas gastaram 10 anos em estudo e IA resolve problema sobre superbactérias em dois dias

Pesquisador pensou que seu computador havia sido hackeado por obter uma resposta tão rápida

Uma ferramenta de inteligência artificial (IA) conseguiu solucionar, em apenas dois dias, um problema que microbiologistas levaram dez anos para desvendar.

O professor José R. Penadés, do Imperial College London, e sua equipe aram anos estudando por que algumas superbactérias são resistentes a antibióticos. Como teste, ele perguntou à ferramenta “co-scientist”, criada pelo Google, sobre o problema. Para sua surpresa, a IA chegou à mesma conclusão da pesquisa em apenas 48 horas.

Penadés ficou impressionado, já que seu estudo ainda não havia sido publicado. Isso significa que a IA não teve o às descobertas em fontes públicas, tornando o resultado ainda mais surpreendente.

Inteligência Artificial/ Foto: Reprodução

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Os pesquisadores buscavam entender como algumas superbactérias surgem. A hipótese era que elas podem desenvolver “caudas” feitas de vírus, o que facilita sua propagação entre diferentes espécies.

Penadés comparou o fenômeno a uma chave que permite que essas bactérias “se mudem” de um hospedeiro para outro. Até então, essa teoria era exclusiva da equipe e não havia sido divulgada.

Para testar a IA, o professor submeteu a questão à ferramenta do Google. Em apenas dois dias, o sistema sugeriu hipóteses — e a primeira delas confirmava exatamente a teoria desenvolvida pelos cientistas ao longo da última década.

O avanço mostra como a inteligência artificial pode revolucionar a ciência/Foto: Reprodução

Além de validar a hipótese inicial, a IA sugeriu outras quatro possibilidades. Todas faziam sentido, e uma delas era algo que os pesquisadores ainda não haviam considerado. Agora, a equipe está explorando essa nova linha de investigação.

Penadés ressaltou que a ferramenta não apenas reproduziu o estudo com precisão, mas trouxe novas perspectivas. “Eles forneceram hipóteses corretas, e uma delas era algo que nunca tínhamos pensado. Agora, estamos trabalhando nisso”, afirmou.

O avanço mostra como a inteligência artificial pode revolucionar a ciência, economizando anos de pesquisa e abrindo caminhos inesperados para novas descobertas.

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